FRENTE PRETENDE ATRASAR REFORMA DA PREVID�NCIA

Por O Dia

Se depender da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previd�ncia Social, o governo Temer s� vai conseguir aprovar uma reforma m�nima do sistema previdenci�rio. Segundo um dos coordenadores do grupo, que re�ne 300 deputados e senadores, Arnaldo Faria de S� (PTB-SP) - foto -, o objetivo � protelar, ao m�ximo, a retomada da vota��o da PEC 287, que trata das propostas de altera��o das regras de concess�o de aposentadorias do INSS. A frente agrega tamb�m 96 entidades civis e centrais sindicais.

"Vamos fazer de tudo para atrasar a vota��o da reforma. O m�s de setembro j� se foi e esperamos que outubro tamb�m n�o se vote nada da PEC 287. Queremos que o presidente Temer negocie os pontos que consideramos que n�o podem ser mexidos", afirmou Arnaldo Faria de S� � Coluna, ressaltando que a frente vem percorrendo estados para debater o tema.

O parlamentar alega que o grupo n�o abre m�o de itens como a implementa��o de uma regra de transi��o para quem j� est� no mercado de trabalho. O deputado paulista tamb�m afirmou que a frente n�o vai aceitar modifica��es nas regras para concess�o de pens�es por morte do INSS.

Outro ponto � a quest�o da acumula��o duas pens�es por morte ou de pens�o com aposentadoria. O governo quer acabar com essa possibilidade, dando a op��o do segurado escolher o benef�cio mais vantajoso. O deputado diz que a frente quer manter a garantia de aposentadoria por invalidez para atividades de risco.

Em maio, a Comiss�o Especial da Reforma da Previd�ncia na C�mara aprovou parecer do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) relativo � PEC 287 com mudan�as nas regras da aposentadoria por 23 votos a 14. A proposta estabeleceu idade m�nima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres para aposentadoria pelo INSS. Exige ainda pelo menos 25 anos de tempo de contribui��o, al�m de regra de transi��o para quem est� no mercado de trabalho.

Tamb�m coordenador da frente, o senador Paulo Paim (PT-RS) sempre que pode critica a Reforma da Previd�ncia. Ele diz ter plena convic��o que as medidas do governo Temer s� v�o atingir a popula��o pobre e a classe m�dia. Presidente da CPI da Previd�ncia, Paim ressalta que os cofres do INSS t�m a receber R$ 1 trilh�o em tributos n�o recolhidos por devedores. O senador sugeriu que a reforma deveria cobrar dos bancos e dos grandes devedores, al�m de melhorar a gest�o previdenci�ria.

"N�s vamos mostrar que a quest�o da Previd�ncia no Brasil � de gest�o, � de fiscaliza��o, � de combate � corrup��o. Se garantirmos que isso seja feito, com certeza a nossa Previd�ncia vai dar super�vit por d�cadas", afirmou o senador.

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Arnaldo Faria de S� Ag�ncia C�mara
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