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Garis denunciam más condições de trabalho

Segundo a classe, a gestão do órgão não está disponibilizando máscaras N95, papel higiênico, álcool 70

Garís em protesto
Garís em protesto -

Garis do Rio de Janeiro têm denunciado as condições precárias de trabalho nas gerências da Comlurb. Segundo a categoria, a gestão do órgão não está disponibilizando máscaras N95, papel higiênico, álcool 70 e até mesmo detergente para higienização das mãos. Também estão sem equipamentos de proteção individual (EPIs) e trabalhando com roupas rasgadas e botas furadas.

"Tivemos nossos direitos roubados, direitos ganhos em acordo coletivo. Nosso sindicato é omisso, pois tem conhecimento da nossa luta e cruzou os braços. Eu e uma colega fomos punidas com uma transferência. Nos tiraram a possibilidade de reivindicar nossos direitos. Em plena pandemia estamos sofrendo psicologicamente e fisicamente. Estamos adoecendo", desabafa Roberta Martins, de 37 anos de idade, e 16 de companhia.

Em média, 15 profissionais por gerência estão com Covid-19, segundo levantamento feito pelo Círculo Laranja. Se for levado em consideração que existem 140 gerências, chega-se ao total de 2.100 garis com Covid. Mais que o dobro dos 1.000 infectados, número informado pela companhia. Isto sem contar as centenas de escolas e hospitais municipais.

O Círculo Laranja é uma associação sem fins lucrativos fundada por trabalhadores da Comlurb que não se sentem representados pelo sindicato. Surgiu após a greve dos garis em 2014 e 2015.

Questionada pela equipe de reportagem, a Comlurb disse que o Círculo Laranja não representa os trabalhadores da companhia e está fazendo a distribuição regular de todos os equipamentos de proteção individual e produtos de higienização. Segundo a Comlurb, as ameaças denunciadas são investigadas e qualquer caso pontual de falta de equipamento ou produto deve ser comunicado aos canais oficiais.

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