Parem de nos Matar

O Parem de nos Matar é um coletivo de denúncia da violência policial nas favelas e de acolhimento aos moradores. Após a mobilização de moradores contra o assassinato de Nera, homem negro, pai e gari comunitário, por policiais da UPP no Vidigal, em 2019, entidades que apoiaram o ato decidiram criar o fórum permanente Parem de nos Matar.

A iniciativa estabeleceu um enfrentamento à violência praticada por policiais sob comando do Estado. Eles têm representantes em São Gonçalo e Nova Iguaçu e nos bairros e comunidades Morro do Feijão, Fallet, Vidigal, Maré, Rocinha, Costa Barros, Jacarezinho, Terreirão, Indiana e vários outros na cidade do Rio. O grupo faz parte da Audiência pública sobre a ADPF 635, que restringia as operações policiais nas favelas durante a pandemia.

Por meio de articulações com o Ministério Público e diversos grupos que atuam na defesa dos direitos humanos, a iniciativa também realiza ações como distribuição de cestas básicas e empréstimos de cadeiras de rodas. Atualmente, um dos principais objetivos do Parem de nos Matar é a reativação do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), que investiga crimes envolvendo policiais.

"É impressionante a forma como o Estado nos trata. Como animais, pessoas sem direitos. Não existe cidade integrada quando parte dela está sitiada e desrespeitada nos seus direitos fundamentais",afirma Henrique Terrei, coordenador do coletivo.