Letícia e Amanda

Elas não esperaram convite, nem autorização. No bairro Centenário, em Duque de Caxias, viram que faltava um lugar seguro pras crianças ficarem longe do medo e da falta de oportunidade. Arregaçaram as mangas e criaram o Colhendo Afeto, uma ONG onde carinho e educação andam juntos.

Leticia e Amanda se conheceram por meio de amigos e ações sociais. A conexão foi imediata, como se já se conhecessem. "Foi de força e luz", lembram. Entre conversas sobre infância e sobre as carências da comunidade, veio a certeza: era hora de fazer algo concreto. Com poucos recursos e muito comprometimento, abriram as portas do projeto.

Logo no início, o maior desafio foi a falta de verba. Não tinha patrocínio nem sobra de material. Enquanto uma cuidava da parte administrativa e dos projetos, a outra ficava no contato direto com crianças e famílias. "Desistir nunca foi opção", garantem.

O vínculo com a comunidade cresceu rápido. Hoje, muitas mães e avós não levam apenas os filhos, mas as mesmas encontram ali um abraço ou um conselho. Entre as histórias que marcam, está a de Maria (nome fictício), menina que chegava a tremer com o som de tiros. Aos poucos, com acolhimento, conversas e brincadeiras, ela aprendeu a respirar fundo e lidar com o medo.

O sonho agora é ter uma sede própria, ampla, cheia de cor e vida, para nunca mais depender de aluguel. O futuro ideal é continuar acolhendo e ampliando o impacto para muito mais famílias. "Cada criança é uma semente de um futuro mais justo e humano".

Para acompanhar e saber mais sobre o projeto, siga @projetocolhendoafeto no Instagram ou entre em contato através do e-mail projetocolhendoafeto@gmail.com