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Desolação na quadra da Imperatriz após rebaixamento

Carnaval 2019 marca a quarta vez que a escola de Ramos vai para o Grupo de Acesso

Torcedores da Imperatriz Leopoldinense após resultado
Torcedores da Imperatriz Leopoldinense após resultado -

Rio - Pouco depois de ser rebaixada para a Série A do Carnaval carioca, o clima era de tristeza e desolação na quadra da Imperatriz Leopoldinense, em Ramos, na Zona Norte do Rio. Alguns torcedores da Verde e Branca, pouco depois das 18h, não acreditavam no resultado. Por sua vez, o bicheiro e patrono da Imperatriz Leopoldinense, Luizinho Drummond, garante que não terá virada de mesa.

"Vamos começar a trabalhar desde já e no ano que vem vamos voltar (para o Grupo Especial). Fizemos bonito na Avenida. Não entendemos a cabeça dos jurados", lamentou Sérgio Moreira da Silva, conhecido como Sérgio da Cuíca. "A Imperatriz é uma escola alegre e não é isso que vai nos abater. A partir de agora vamos dar o nosso melhor. Temos história", completou.

Maria das Graças Carvalho, 50, assistente social, moradora de Ramos e vizinha da escola, garante que o samba mudou sua vida. "O samba é mais do que qualquer coisa. Ele me conduziu a vida. Essa escola me ajudou na minha vida. Eu melhorei no meu corpo, mente e espírito", afirmou.

A aposentada Ana Lúcia da Penha, 73, é da ala das baianas há mais de 10 anos e diz que a escola é o amor de sua vida. "A Imperatriz é a minha escola, o meu amor. Eu já ganhei estandarte de ouro, outros prêmios. Infelizmente, fomos rebaixados, mas vamos voltar com luxo e dar a volta por cima", contou.

"Agora somos mais Imperatriz do que nunca. Vamos mostrar a nossa raiz e nosso sangue Verde e Branco. Nosso DNA é Imperatriz. A vida é feita de autos e baixos e fases. Hoje, caímos. Isso não quer dizer que vamos continuar. Agora é voltar para o Grupo Especial", contou Yara Cristina Monteiro, 59, contadora, que após o rebaixamento da escola ainda ficou na porta da agremiação sem acreditar no que havia acontecido.

Moradora de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a camelô Adriana Venâncio, 45, trabalha na porta da Imperatriz há quase 30 anos. A ambulante diz que a verde e branca vai voltar por cima. "Já vi a escola ser campeã, bi-campeã e tri-campeã e agora ser rebaixada. Vamos voltar se Deus quiser. Tenho certeza que a minha escola vai voltar", disse.