Vigário Geral é a campeã do Grupo B e retorna à Sapucaí em 2020

Da Intendente Magalhães, na Zona Norte, para a Marquês de Sapucaí. Esse é o destino da Acadêmicos de Vigário Geral no Carnaval de 2020. A agremiação conquistou a primeira colocação do Grupo B, nesta quinta-feira, com o enredo Mwene Kongo - O Reino Europeu na África que se Tornou Folclore no Brasil.

Quem contou a história do congado para o público e os jurados foram os diretores de Carnaval e carnavalescos Alexandre Costa, Lino Sales e Marcus Vinicius do Val. Eles estão à frente da escola há quatro anos e, quando chegaram, estavam no Grupo D.

"A ficha ainda não caiu. Será que é verdade? É um sonho realizado, trabalhamos muito para isso. Quando chegamos aqui, há quatro anos, estávamos no Grupo D. Durante a apuração, achei que não íamos ganhar, pois estávamos em sexto lugar, mas viramos. O que fez a diferença foi a constância, perdemos alguns décimos, mas o conjunto ganhou", definiu Marcus Vinicius.

A Acadêmicos de Vigário Geral ganhou o Grupo B levando para a Intendente Magalhães, na terça-feira de Carnaval, 700 componentes, divididos em 20 alas. A escola completará 28 anos na quarta-feira, dia 13, e nos seus primeiros dois anos de vida chegou a desfilar na Passarela do Samba, ainda pelo Grupo B. Em 2020, porém, estará a um passo da elite do Carnaval. Ao lado, veja todas as notas e colocações das escolas de samba dos grupos B, C e D.

‘Um ano de superação’

Conhecida como Betinha de Vigário, a presidente da escola era só alegria: "Nosso diferencial foi a garra e determinação, apesar dessa crise toda. Houve muita briga, xinguei muito, fiquei muitas noites sem dormir. Mas, junto com a comunidade (Vigário Geral, que dá nome à agremiação), conseguimos. Foi um ano de superação. A ficha ainda não caiu. Ano que vem, estaremos entre feras, mas vamos lutar lutar muito, assim como fizemos no Grupo B".

Caprichosos cai mais

Enquanto uns estão eufóricos, outros ficam tristes. Sem desfilar desde o ano passado, a Caprichosos de Pilares, tradicional no Carnaval e que já alcançou o 3º lugar no Grupo Especial (1984), caiu para o Grupo E e corre o risco de não se apresentar mais — quem fica entre as últimas colocadas desse grupo é impedido de desfilar por dois anos.

Segundo Gustavo Barros, presidente da Liesb (Liga Independente das Escolas de Samba do Brasil), responsável pelos grupos B, C e D, a agremiação ficou sem desfilar por não cumprir um prazo: “Todas precisam apresentar a ata, registrada, e ela não apresentou.