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Reviravolta! Escolas voltam atrás e decidem mudar o voto sobre rebaixamento da Imperatriz

Três agremiações solicitaram que os votos fosse alterados em razão da má repercussão

Jorge Castanheira diz que não tem condições de continuar
Jorge Castanheira diz que não tem condições de continuar -
Em reunião plenária na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), na noite desta quarta-feira, o presidente Jorge Castanheira revelou que três agremiações informaram que decidiram voltar atrás e mudar o voto favorável a manutenção da Imperatriz Leopoldinense no Grupo Especial. Porém, a decisão final só poderá acontecer após a realização de uma assembleia geral na Liesa, que ainda precisa cumprir os trâmites que vão ser definidos pelo setor jurídico.

“É uma questão jurídica (rebaixamento ou não da Imperatriz). Houve a desistência de três agremiações: Unidos da Tijuca, Paraíso do Tuiuti e União da Ilha. Elas solicitaram que os votos fosse alterados em razão da repercussão, todas dificuldades e que não viesse atrapalhar o Carnaval do Rio de Janeiro. Temos que analisar como será isso na prática e ver o posicionamento do Ministério Público. Dependemos de prazo e fazer um edital específico para convocar nova assembleia. Vou verificar isso com o nosso departamento jurídico toda questão estatutária”, afirmou Castanheira.
O presidente da Liesa frisou que não pretende seguir no comando da Liga, mesmo que a Imperatriz seja rebaixada para Série A, e afirmou que no momento existe uma grande desagregação entre as escolas de samba.
“Não temos uma definição (sobre o resultado do Carnaval 2019). Continua o processo jurídico e que vai atrapalhar o processo de execução do Carnaval de 2020. Por isso, eu solicitei entrar com a minha carta de renúncia. Tem um prazo de 30 dias para que eu esteja à frente da Liga. Não vejo nesse momento condições técnicas de seguir pela desagregação que está havendo no carnaval e não gostaria de ver a Liga completar 35 anos em julho e ter atitude contrária ao propósito que foi fundada essa casa”.
Jorge Castanheira citou que ainda essa semana irá cumprir os trâmites do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público e apresentará a ata da última assembleia que decidiu o não rebaixamento da Imperatriz.

“Vou no promotor levar a documentação e ver o entendimento dele. Me propus sentar e dialogar para que não houvesse a ação de danos morais e coletivos lá em 2018 (quando a virada de mesa manteve a Grande Rio e o Império Serrano no Grupo Especial). O termo de ajustamento de conduta está sendo descumprido. E, hoje, recebemos um documento por carta de três escolas voltando atrás e precisamos ver como será na assembleia geral da Liesa. Precisamos ver como será isso com o nosso jurídico”.