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Cante o samba

cubango samba

Se a igualdade fosse cor?

De Mahin Nagô é raça

Pra mordaça não vingar

Tenho a resistência como ninho

De Luiza o passarinho que se
Permitiu voar

Certo que nego liberto,
Segura a mão do irmão

Ê sangue malê, rebelião

Ilê meu São Salvador

Salva a dor dessa gente
Escrava, dolente

Que não se entrega não

Quebra a corrente

Sei do meu valor

Não me bote preço não,

Bote não senhor

Que meu povo é bom de luta

Alforria fez morada em meu peito

É preto sim, meu legítimo direito

Tremeu na casa grande o opressor

Com o peso da palavra
De um negro

Quando um novo horizonte vive

Meu povo é livre!

Quem sou eu?

O berro contra toda tirania

Cabresto não segura poesia

Enfim um canto forro ecoou

Lute como um dia eu lutei

Um sonho, tantas vidas,
Uma lei

Meu lugar de fala

Hoje favela, ontem senzala

A chibata não cantou, kabô lerê

Firma no batuquejê, Cubango!

Uma história de bravura,

Testemunha da verdade

Eu sou a voz da liberdade!

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