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Samba Solidário será virtual

Evento já arrecadou 12 toneladas de alimentos e beneficiou mais de 40 entidades beneficentes da cidade em sete anos de shows focados na missão filantrópica

Grupo começou com três fundadores e hoje conta com oito coordenadores e uma dezena de voluntários
Grupo começou com três fundadores e hoje conta com oito coordenadores e uma dezena de voluntários -
Desta vez em formato de live devido à pandemia do novo coronavírus, o Samba Solidário fará on-line a sua 13ª edição nesta quinta-feira, dia 11, às 14h. O show "Sambar em Casa Faz Bem" será transmitido pelo canal Samba Solidário Oficial no endereço youtube.com/channel/UCX17D8ih2DF4Zeth5MGUSJA/featured. A campanha da vez, batizada de "Quilo Virtual", tem conta na plataforma Vakinha Online para a arrecadação de doações, que desta vez serão em dinheiro. Basta acessar http://vaka.me/1090984 e colaborar com o quanto quiser. Fundado por Pedro Cocan, Afonso Emerich e Everton Felipe em 2013, o evento já arrecadou 12 toneladas de alimentos e beneficiou mais de 40 entidades beneficentes da cidade em shows focados na missão filantrópica. Além deles três, hoje também Jorge Eduardo, Fernanda Medeiros, Fernando Figueredo, Kelly Simonin, Fabio Figueredo e Bruno Simonin integram a coordenação. 
A ideia do evento surgiu entre amigos em uma mesa de bar, os quais já haviam realizado antes algumas ações beneficentes, como o recolhimento e o repasse de doações para desabrigados das chuvas, por exemplo. A primeira edição oficial da série de apresentações musicais com foco social foi realizada em 7 de setembro de 2013 e se chamava Samba das Crianças, pois visava angariar brinquedos para presentear a garotada do Morro do Cavalão no mês seguinte, comemorativo das crianças, em parceria com a Paróquia de São Judas Tadeu. A partir daí, o grupo não parou mais: com uma média de três eventos por ano, a presença e a participação do público aumentaram significativamente - o que pode ser constatado nos vídeos hospedados no canal da banda no YouTube, um deles gravado por Natália da Luz, jornalista militante de causas humanitárias internacionais, que na época era correspondente da ONU com o projeto "Por Dentro da África". Com a ampliação das ações para outras datas do ano, o nome mudou para Samba Solidário, abraçando toda e qualquer causa. 
"Os músicos doam sua arte, as pessoas doam alimentos, brinquedos ou outros itens, dependendo da campanha, e com muito trabalho e carinho conseguimos atingir o objetivo, às vezes contemplando até mais de uma instituição", conta o jornalista e músico Pedro Cocan, lembrando com emoção a preciosa ajuda dada à Creche Girassóis, no Caramujo, que atende a cem crianças. Foi uma foto compartilhada da banda com a criançada da creche que chamou a atenção de um empresário de grandes eventos do Rio, que se uniu à causa e em um único show saltou de 150 quilos de alimentos para quase três toneladas doadas, envolvendo quinze voluntários no trabalho de seleção e organização dos itens, que serviram para beneficiar mais sete entidades. A Girassóis, aliás, continuou amparada pelos músicos, que conseguiram a reforma do refeitório e eletrodomésticos.
Com uma maior expansão e visibilidade, essa turma do bem conseguiu outros locais para os eventos. "O Samba Solidário não é um grupo musical, mas um projeto social, em que a música é a catalizadora. E, apesar de sermos muito assediados por políticos, mantemos nossas atividades isentas de outros interesses que não sejam o amor", exclama Cocan. Em 2017, o evento sofreu uma enorme perda: Dona Ceci, mãe do músico, a primeira e maior incentivadora do grupo, que faleceu de câncer de mama. "É trabalhoso e desgastante fazer filantropia, mas dá também um prazer enorme ver os resultados", desabafa ele, que herdou da mãe o espírito altruísta. Mas aquele foi também o ano do recorde de público: 750 pessoas no total flutuante da Toca da Gambá, no Barreto. Mas, diante do aumento das responsabilidades com o evento e os caminhos profissionais e pessoais de cada um individualmente, o trabalho social sofreu uma pausa de quase dois anos, sendo retomado no ano passado. Nomes conhecidos da música, como Dominguinhos do Estácio, Claudinho Guimarães, Marquinhos Diniz e Alexandre Marmita, já participaram das edições. 
Grupo começou com três fundadores e hoje conta com oito coordenadores e uma dezena de voluntários Divulgação
Creche Girassóis, no Caramujo: doações transformaram uma realidade Divulgação
Uma das rodas de samba promovidas com missão beneficente, entre vários locais de apresentação Divulgação
Pedro Cocan com as crianças da Creche Girassóis, no Caramujo, uma das beneficiadas pelos eventos Divulgação
Samba Solidário: doze toneladas e quarenta entidades beneficiadas em sete anos Divulgação