'Viveria intensamente', diz Antônio Fagundes sobre tempo de vida de personagem em 'Bom Sucesso'

Alberto (Antônio Fagundes) tem somente seis meses restantes. Mas o dono da editora Prado Monteiro irá passar por um susto e ver a vida por um triz nos próximos capítulos de “Bom Sucesso”.

Tudo começa quando uma forte tempestade impede Paloma (Grazi Massafera) de voltar para casa. Com isso, Alberto pede para a moça passar a noite na mansão. Durante a madrugada, o dono da editora resolve reviver algumas lembranças do passado e abre um álbum de fotos. Em alguns registros, vê a imagem da falecida esposa Cecilia e fica nostálgico.

Entre saudoso e emocionado, Alberto olha pela janela, vê um vulto e acredita ser Cecilia. Na verdade, se trata de Paloma, que está andando no jardim depois que a chuva passa. Com a vista confusa e a certeza de que está vendo o grande amor de sua vida, Alberto dá mais alguns passos e acaba caindo na piscina. E é salvo pela costureira, que mergulha na água pronta para salvá-lo.

Em busca de viver intensamente os últimos meses de vida, Alberto encontra em Paloma a companhia ideal para mudar sua visão de mundo. Para Antônio Fagundes, todo mundo pode fazer a diferença para uma pessoa, basta estar atento.

“Essa mudança de perspectiva pode acontecer todos os dias da nossa vida. Todas as pessoas com quem a gente se relaciona mudam a gente, se a gente está aberto. O que a precisamos fazer é prestar atenção. O Alberto se abre para a vida. Se você está aberto, todas as coisas são importantes. O outro vai existir sempre de uma forma positiva. Essa é a chave para a felicidade”, explica o ator.

Desde que conheceu Paloma após ter o resultado dos exames trocados, Alberto está com os dias contados. Saber a data exata da morte pode ser assustador para algumas pessoas, mas Fagundes garante que sempre encarou bem o fato.

“Se tem uma coisa certa é a morte, e a gente não consegue lidar com isso bem, não consegue pensar nisso de forma positiva”, diz o ator, que completa e explica como se relaciona com a idade chegando. “Eu sempre me relacionei muito bem com a velhice. Eu tinha nostalgia da velhice. Eu queria ser velho quando era moço. Sempre fiz personagens mais velhos que eu. Sempre tive um fascínio pela velhice. E você só não vai ficar velho, se morrer jovem. Você tem que encarar. São coisas que vão acontecer. Eu me preparei para ficar velho. Costumo brincar que a coisa muda: você não sobe mais a escada de 3 em 3 degraus, mas estou subindo de dois em dois”.

E se faltasse só seis meses de vida para você? “Eu não mudaria nada. Viveria intensamente meus dias, como eu gosto de viver”, diz Fagundes.