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Carolla Parmejano, atriz do filme 'Solteira Quase Surtando', faz sua estreia na TV em outubro

De babá no exterior a atriz de carreira internacional, ela venceu o bullying, foi moradora de rua e hoje comemora estar em um filme brasileiro novamente.

 Carolla Parmejano
Carolla Parmejano -
Com apenas 8 anos, a paulistana Carolla Parmejano já sonhava em ser atriz. Colocou o sonho em prática e aos 13 anos, formou-se em Artes Cênicas e Cinema no renomado Teatro Escola Macunaíma, em São Paulo. O amor pela arte só aumentou, junto com a vontade de ganhar o mundo. Canadá, Milão e Estados Unidos entraram em seu passaporte e em seu currículo, com inúmeras escolas de arte e experiências profissionais. Hoje, após 14 anos morando nos Estados Unidos, ela festeja estar em um filme brasileiro, “Solteira Quase Surtando” – que teve sua estreia em março nos cinemas, poucos dias antes do início da quarentena, mas que fará sua estreia na TV em outubro. No longa, ela interpreta Tati, uma solteira convicta que adora curtir a vida.

Além de atriz, Carolla quis adotar a versatilidade como seu lema e tornou-se também dubladora e modelo. “Na minha opinião, atrizes têm que ter um baú cheio de informações, opções, skills, e conforme vamos criando, podemos utilizar este baú para montar e apresentar qualquer personagem que precisarmos”, conta sobre seus talentos.


O ‘baque’ da pandemia para novo filme

Após 20 anos morando fora, Carolla retornou em março ao Brasil durante temporada para lançar o filme “Solteira quase surtando”, de Caco Souza, com Mina Nercessian, Tânia Khalill e Dani Valente no elenco. Pouco menos de uma semana depois, os casos de Coronavírus no Brasil aumentaram e os cinemas foram fechados. “Foi uma grande surpresa. Do dia para a noite tudo parou. Até hoje tem muitas pessoas me perguntando sobre o filme, quando poderão assistir”, diz sobre o baque da pandemia. Parmejano interpreta Tati, amiga da protagonista Bia. “É meu segundo longa-metragem lançado nas telas do cinema. Uma comédia super engraçada e muito verdadeira na vida de mulheres”, conta.

Agora Carolla comemora a estreia do filme na TV. “Estou extremamente feliz e honrada que estará disponível na TV. Acho que a resposta vai ser bem positiva”, diz sobre suas expectativas. O filme estará disponível no iTunes, Google Play, Net Now, Vivo Play, Sky e Claro Vídeo a partir do dia 09 de outubro.


Superação

Antes de morar fora de fato, Carolla voltou ao Brasil e ingressou no curso de Publicidade e Marketing em uma universidade de São Paulo, que segundo a atriz, foi o ponto chave para impulsionar sua ida para os Estados Unidos: “o Bullying veio à tona, pois eu pesava mais ou menos 80 quilos. A rejeição de algumas agências de São Paulo e de amigos, minha família totalmente contra a minha escolha de ser atriz... Enfim, muitas razões para querer tentar uma vida fora”.

As dificuldades não acabaram com o fim do bullying. Ao chegar em Miami (EUA), Carolla viveu como moradora de rua: “é realmente triste, foram poucos dias, mas consegui sentir o que é ficar sem casa e um lugar para ir no final da noite”, relembra. Em seguida, começou a trabalhar como faxineira, entregando panfletos, como garçonete e como babá, onde conseguiu criar sua própria empresa de babysitters, “a empresa veio com o tempo. Com a agenda cheia, não estava dando conta e resolvi contratar pessoas para ajudar e ganhar uma grana extra. Muitos anjos que você vai conhecendo vão te indicando e o trabalho se torna uma grande oportunidade de seguir em frente”.

Mesmo com os altos e baixos e a intensidade do trabalho como babá, Parmejano não perdeu o foco em sua carreira de atriz. Para adquirir experiência, começou a fazer alguns trabalhos de graça: “trabalhei em locações de novela. Não de graça, mas em troca de experiência e de trabalhar com o que realmente gosto.” A grande virada foi quando sua documentação se regularizou nos Estados Unidos: “tudo mudou. Pude ver que minha carreira deixou de ser uma semente e começou a florescer. Vi possibilidades e um sonho que um dia poderia ser realidade. Novelas extras aqui, comerciais extras ali… De pouco a pouco tudo foi subindo e crescendo.”

Apesar das dificuldades, a atriz destaca a distância da família como o ponto mais complicado, mas também, de maior aprendizado: “Estar longe da família, sem ninguém para confiar é uma das coisas mais difíceis. Mas nesses momentos, você se conhece e aprende a lidar com as pessoas a sua volta” por fim, destaca que o importante é não perder o foco, “a minha meta sempre foi clara: trabalhar como atriz e sabia no fundo do meu coração que tudo isso era tudo passageiro”.