Celebridades e TV
'Assisti a muita coisa de psicopatas', diz Emílio Dantas sobre seu personagem em 'Vai na Fé'
Ator falou ao 'Fantástico' sobre a construção de Theo, o empresário narcisista da trama das 19h da TV Globo
Por Meia Hora
Publicado em 24/07/2023 08:13:39Rio - O ator Emílio Dantas, de 40 anos, que vive o Theo na novela "Vai na Fé", participou do "Fantástico" deste domingo para falar sobre a construção do personagem. A atração fez uma reportagem sobre o comportamento do vilão da obra de Rosane Svartman, que é manipulador, abusivo, mentiroso e narcisista.
Emílio contou como se preparou para o papel. "Eu assisti a muita coisa sobre sobre narcisistas, sobre psicopatas, enfim, sobre todas as vertentes possíveis para se colocar nesse personagem. E a questão do carisma, do bom humor, né? Da boa aceitação social, sempre é muito presente, muito forte, muito marcante", disse.
"O Theo é um cara que ele se apresenta de uma forma para Clara (Regiane Alves). Ele se apresenta de outra forma para a Lumiar (Carolina Dieckmann), para Sol (Sheron Menezzes). Eu acho que a grande diferença do Theo é exatamente ele conseguir jogar um jogo diferente com cada pessoa", completou Emílio.
Renata Corrêa, que é uma das roteiristas da novela, disse que o perfil de Theo confunde as pessoas. "Uma das características do Theo e de pessoas semelhantes a ele é que, é a manipulação, não é? Então, dependendo do interesse que ele tem naquela pessoa, ele mostra uma face. Então, é muito difícil pra quem cai na teia. É um abusador serial, não é? Ele consegue fazer com que as pessoas se sintam, inclusive confusas e culpadas, achando que o comportamento dele é errado", afirmou.
O programa entrevistou também um especialista. "Transtorno da personalidade narcisista, é um quadro psiquiátrico caracterizado, então, por um senso de grandiosidade, uma noção de intitulamento, como se ela tivesse direitos maiores do que as outras pessoas. Uma necessidade de ser admirado, de receber atenção, ser invejado das pessoas”, afirmou Sérgio Eduardo Silva de Oliveira, professor do departamento de psicologia clínica da Universidade de Brasília (UnB).
"A baixa empatia é como se fosse quase uma linha de base nesse transtorno. Então, a pessoa pensa muito em si, desconsidera muito o outro. Mas realmente não existe um padrão de funcionamento único e uniforme para todas as pessoas que foram ou são diagnosticadas com transtorno de personalidade narcisista", explicou Giselle Pianowski, professora pesquisadora em avaliação da personalidade da Universidade São Francisco (USF).