Celebridades e TV
Seu Jorge recorda dificuldade de registrar filho com o nome Samba
Cantor também falou sobre a morte do irmão Vitório, assassinado em 1990
Por MEIA HORA
Publicado em 26/05/2025 10:52:03
Rio - Seu Jorge, de 54 anos, deu detalhes da vida pessoal no quadro 'Pode Perguntar', com entrevistas feitas por profissionais dentro do espectro autista, no "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (25). Um dos assuntos abordados pelo artista foi a morte do irmão Vitório, assassinado em 1990, e a briga que eles tiveram horas antes.
"No dia 26 de abril de 1990, eu saía para trabalhar, por volta de meio-dia. Meu irmão saía cerca de 10h30, 11h. Estava tocando uma música do Fleetwood Mac no rádio. E eu não queria ouvir a música. Fui mesquinho. Briguei com ele por causa da música, enchi o saco dele, falei um monte de bobagem e fui para o trabalho. Quando eu voltei, ele estava morto. Gostaria de ter falado para ele: 'Desculpa, fui mesquinho. O rádio é nosso'. Essa é uma coisa que vou carregar para o resto da vida, e isso me marca", contou o cantor.
Seu Jorge também comentou a dificuldade e registrar o filho com o nome Samba. "Nós fomos para a maternidade, e quando ele nasceu, fomos para o quarto. Suspeito que quando colocaram o nome dele no quarto na maternidade, o pessoal estranhou. Achou que estava dando nome de gênero musical. Aí falta letramento. Três dias depois, o quarto foi lá no quarto me chamar. 'Está dando uma polêmica. O nome é atípico, não tem nenhuma criança no Brasil'... Falei: 'Se você não sabe, Samba é um nome muito comum na Guiné-Bissau, Senegal, Berlim. Pode colocar aí Samba Jorge Barbieri da Silva... Ele é o primeiro brasileiro Samba".
Período em situação de rua
No quadro, Seu Jorge falou sobre os sete anos que viveu em situação de rua. Ele disse que só era tratado com mais humanidade quando estava com um violão na mão. "Quando eu estava com meu instrumento eu despertava muita curiosidade. Na medida em que as pessoas me ouviam elas ficavam bastante surpresas. Sem meu instrumento eu era invisível", disse ele, que lembrou o movimento que um policial fez para conseguir um instrumento para ele.
"O Antero era um policial. Não sei nem como explicar como era aquele cara. Ele começou a fazer uma vaquinha para tentar me comprar um violão. Não conseguiu, mas o esforço desse cara foi uma coisa muito linda. Aí o dono de uma barraca que tinha 4 violões me deu um, junto com revistinhas de música com umas músicas do Legião Urbana", recordou.
"O Antero era um policial. Não sei nem como explicar como era aquele cara. Ele começou a fazer uma vaquinha para tentar me comprar um violão. Não conseguiu, mas o esforço desse cara foi uma coisa muito linda. Aí o dono de uma barraca que tinha 4 violões me deu um, junto com revistinhas de música com umas músicas do Legião Urbana", recordou.