Ator de 'Bom Sucesso' encanta público dentro e fora da TV: 'Recebo cantadas mais ousadas'

Igor Fernandez fez sua estreia na TV Globo em grande estilo. O ator, que dá vida a Luan na novela Bom Sucesso, tem encantado o público com seu talento e beleza. À coluna, ele fala sobre sua preparação para o personagem, formação em atividades circenses, relação com o público e muito mais. Confira a entrevista!

Seu personagem faz slam (batalha de versos). Antes de interpretar Luan, você já conhecia esse tipo de arte?

O universo do slam era totalmente desconhecido por mim, até receber o convite da novela e descobrir esse movimento artístico. Foi uma grande surpresa. Depois de estudar, descobri que o slam é gigantesco e tem até torneio mundial, que acontece em Paris.

Você se apresentou nos vagões do metrô do Rio para se preparar para seu personagem. Como foi essa experiência?

Morri de medo quando descobri que teria que ir até o metrô sentir na pele o que era viver como artista de rua. O que facilitou a ida foram as apresentações anteriores de circo de rua. Ao rolar dos trabalhos nos vagões, fui me sentindo cada vez mais à vontade, ainda mais quando os passageiros sorriam de volta, aplaudiam, elogiavam e vinham me dizer palavras de encorajamento. Sinal de que a poesias que recitava, todas criadas por mim, eram bacanas e tocavam o coração das pessoas. Nunca vou me esquecer!

Vendo e convivendo com os artistas de rua por um tempo, o que você acha dessa proibição das artes dos vagões?

Tomando como base a situação do país, acredito que não era hora dessa proibição. Em relação aos artistas prejudicados pela lei de proibição, 99,9% deles são negros, da periferia e que nunca tiveram oportunidade de frequentar órgãos educacionais de qualidade. Dessa forma, esses jovens usam brechas para ganhar dinheiro de forma honesta e uma das formas é a arte de rua, como a poesia no trem e metrô.

Você é formado em palhaçaria, malabarismo, perna de pau e engolidor de fogo. Como aprendeu tudo isso?

Por necessidade financeira. Comecei a fazer teatro aos 7 anos e, aos 13, precisei dividir estudos de teatro com o trabalho em construção civil para ajudar em casa. Só que desde novo buscava ter uma renda 100% dentro do mundo das artes. Então, descobri um grupo que trabalhava com circo em eventos, apresentações e na rua, e durante quatro anos tive uma formação em todas essas áreas, clown (palhaço), pirofagia, perna de pau, malabares, e acabei me apaixonando. E claro, consegui me manter financeiramente durante todo esse tempo.

Você tem algo em comum com seu personagem?

Me considero bastante parecido com o Luan, apesar de termos origens e estrutura familiar bem distintas! Eu e o personagem temos algo em comum que sobressai, que é esse espírito de sonhador. O Luan não tem vergonha de mostrar o que sabe fazer, e lida bem com as palavras e as pessoas.

Na novela, o Luan é do tipo popular no colégio, galã. Na sua época de estudante, você fazia sucesso?

Sim, fazia bastante sucesso, mas acredito que não era pela beleza. Eu, que nunca fui o melhor aluno, sempre me saí bem por conta da comunicação, e entre diretores, professores e alunos me dava superbem.

E o retorno nas ruas e nas redes sociais?

Ah, estou adorando! Ando muito de ônibus e pelo Centro do Rio, que é onde eu moro hoje. Eles param, elogiam o meu trabalho, pedem fotos e sempre tentam papear sobre a novela e como eu fiz pra entrar lá. Geralmente é isso. Amo esse retorno do público. As redes sociais estão ficando uma loucura. Lá, as pessoas tem menos medo de falar as coisas. Então, as vezes acabo recebendo cantadas mais ousadas, algumas até engraçadas, pedem até pra ver meus pés. E claro, as mensagens de carinho são um presente à parte.

Além do talento, você tem chamado a atenção dos internautas pela sua beleza. Você se considera bonito, é vaidoso?

Eu me considero normal, não sei dizer o que é bonito ou não, beleza é algo bastante relativo e cada um tem a sua medida de beleza, é algo particular.

E como está o coração, Igor? Solteiro, namorando...

O coração anda bem, tranquilo e sim, namorando firme e forte. Achei que a rotina de trabalho poderia modificar alguma coisa, mas vai aí um conselho: diálogo! Onde se tem diálogo, não há qualquer tipo de problema. Fica a dica, hein!