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'Proibidão de uma maneira diferente', diz Gabily sobre novo trabalho

Sensação do funk carioca acaba de lançar um novo EP com músicas na versão acústica

Gabily
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Sensação do funk carioca, Gabily está cheia de novidades. É que a cantora, de 25 anos, acaba de lançar seu mais novo EP, com versões acústicas de proibidões. É isso mesmo! Tudo no melhor estilo voz e violão. A ideia veio durante a quarentena, quando ela fez uma apresentação ao vivo do sofá de casa e teve ótima aceitação do público. Confira!

Como que surgiu a ideia de fazer um acústico de proibidão?

A ideia surgiu no período da quarentena. Eu sou uma artista multi-instrumentista e, sozinha no meu quarto, comecei a tocar alguns funks na versão acústica. Adorei o resultado da minha voz com o violão e o piano. O projeto foi uma maneira de me posicionar com relação à liberdade de expressão da mulher. Quis ver como seria a reação das pessoas, pois esperava que o público ficaria bem dividido. Eu quis quebrar paradigmas mesmo, mostrar que o valor da mulher não tem nada a ver com o que ela canta ou dança. A gente é muito mais que um palavrão ou um short curto.

Você vai lançar seu EP. São quantas faixas?

O EP têm quatro faixas. Três versões de músicas já conhecidas do público e uma faixa inédita, intitulado de 'Chama a Polícia', de minha autoria.

Essas versões do proibidão vão ter versões 'lights'?

Não pensamos nisso. O conceito do projeto é cantar o proibidão de uma maneira diferente e inesperada.

Você já fez parceria musical com várias pessoas, como Ludmilla e Nego do Borel. Sonha em cantar com alguém específico?

Adoraria fazer uma parceria com a Valesca Popozuda, que é madrinha deste meu EP e uma mulher que me inspira muito, além da cantora Marília Mendonça.

O proibidão geralmente vem como um grito de liberdade para as mulheres. Mas, por outro lado, é recebido de uma forma negativa por outras pessoas, inclusive mulheres. Você já foi muito julgada por cantar os proibidões? O que faz para não absorver essas críticas?

Uma mulher cantando funk, dizendo letras mais explícitas, fazendo uma coreografia mais ousada, ainda pode causar alguma estranheza. Eu sou uma artista e quero exercer a minha arte livremente. Críticas sempre irão existir, não dá para agradar todo mundo, mas sigo a minha intuição e colocando a minha verdade em tudo que faço.

Você se considera uma pessoa feminista?

Sim, porque me considero uma mulher decidida e que sabe lutar pelos meus sonhos e direitos.

Conta um pouquinho sobre você pra gente, Gabily? De onde você é, quantos anos tem, como surgiu essa vontade de cantar funk...

Morava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Sou artista desde pequena e com quatro anos de idade já cantava para os amigos e a família. Me lancei profissionalmente com 19 anos. Hoje tenho 25 anos. Sempre cantei funk. Penso que o funk representa muita coisa, além de um estilo musical. O funk é uma forma de ver um recorte da vida.

Esse é seu melhor momento profissional?

O melhor momento é sempre o presente. Consigo enxergar nesse projeto muito do meu amadurecimento pessoal e profissional, uma mulher dona de si e de sua arte. Ainda por cima, estou rodeada de profissionais admiráveis, apoiando minhas ideias e criações, possibilitando que tudo aconteça da melhor forma.

Como é sua relação com os fãs?

Minha relação com os fãs é a melhor possível. Sempre estamos em contato nas redes sociais. Sem o carinho deles a vida seria muito chata.

 

Gabily Felipe Braga / Divulgação
Gabily Felipe Braga / Divulgação