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Feira de São Cristóvão comemora 75 anos e vira enredo na Acadêmicos da Abolição

Pedaço mais nordestino do Rio de Janeiro inicia comemorações de seu jubileu de diamante.

Feira de São Cristóvão
Feira de São Cristóvão -
Comissão de Carnaval da Acadêmicos da Abolição se reuniu com representantes da Comissão de Feirantes da Feira de São Cristóvão e com a gestora municipal, Magna Fernandes - João Torres/Divulgação ASCOM Feira de São Cristóvão
"Em São Cristóvão, faz a feira Abolição. Pedacinho do Nordeste no meu Rio de Janeiro", assim canta o samba enredo da Acadêmicos da Abolição, que em 2020 homenageia os 75 anos da Feira de São Cristóvão. E neste domingo, a partir das 15h, tem grito de Carnaval no pedaço mais nordestino no Rio de Janeiro, que inicia suas comensurações do seu jubileu de diamante, no espaço de preservação da cultura e legado nordestino.
"As comemorações estão a todo vapor e seguem até o fim do ano. Tudo será especial este ano. Sou paraibana e com muito orgulho recebi essa missão do prefeito Marcelo Crivella. Comemorar esses 75 anos é motivo de honra. Parece que foi ontem que eu puxava lona do lado de fora. É um desafio diário, uma responsabilidade, que eu encaro de frente. São muitas conquistas. Tenho a certeza de muito trabalho pela frente neste ano", afirma a gestora municipal Magna Fernandes.
O presidente da Acadêmicos da Abolição, Neto Dória, agradeceu receptividade ao enredo e contou todas as estratégias da escola em relação ao carnaval.

“A história do Rio de Janeiro e do Nordeste se entrelaçam. A alegria contagiante do Nordestino, o espírito de luta e a maneira de levar a vida com alegria, mesmo em meio às adversidades, são características típicas também marcantes dos cariocas. Então alegria e emoção serão os elementos fundamentais, para conduzir nossa escola à vitória celebrando estes 75 anos da Feira de São Cristóvão”, diz Neto.
A escola que será a 2° agremiação a desfilar pelo grupo de acesso da Intendente Magalhães com o enredo: “Dos primeiros nordestinos, que deixaram seu torrão”. Abolição exalta a Feira de São Cristóvão: o coração do Nordeste no Rio.
"Vamos celebrar cada passo, exaltar cada dia de luta, enaltecer a valentia e alegria do povo nordestino, além da riqueza cultural e tradições do Nordeste. Exaltando o lugar que é a essência de tudo e ponto de encontro dos filhos e netos dos nove estados da região: a Feira de São Cristóvão, rebatizada de Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas", conta o presidente da escola.

Galeria de Fotos

Comissão de Carnaval da Acadêmicos da Abolição se reuniu com representantes da Comissão de Feirantes da Feira de São Cristóvão e com a gestora municipal, Magna Fernandes João Torres/Divulgação ASCOM Feira de São Cristóvão
Feira de São Cristóvão Divulgação / Riotur
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Feira de São Cristóvão Riotur / Divulgação
Feira de São Cristóvão Divulgação
A Feira de São Cristóvão, ou Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (CMLGTN), também chamada de Feira dos Nordestinos, celebra mais de sete décadas mantendo viva a cultura dos imigrantes que chegavam ao bairro da Zona Norte da capital fluminense.

Atualmente, a Feira de São Cristóvão tem cerca de 700 barracas e 200 restaurantes com produtos típicos do Norte e Nordeste. Outra característica do local é o forró pé de serra, que é tocado nos palcos por diversos trios e bandas regionais a feira recebe mais de 300 mil pessoas por mês. Uma programação musical especial foi preparada para todo o mês de aniversário.

"Aqui na feira, o forró tradicional e a música popular brasileira embalam nossos sete palcos. E neste mês, os sucessos de Luiz Gonzaga são tocados. A Feira sempre merece uma visita. O que nós temos no Nordeste, nós temos sempre um pouco aqui na feira", completa Magna Fernandes.

Serviço

FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO. Domingo (16/02) ,a partir das 15h, tem grito de Carnaval da Feira de São Cristóvão. Campo de São Cristóvão s/nº, São Cristóvão. Ter a qui, das 10h às 18h, com entrada gratuita. Sex e sáb, a partir das 10h. Dom, a partir das 12h. Entrada: a partir de R$ 5.
Confira o Samba enredo da Acadêmicos da Abolição para 2020

Letra

Ó, terra seca, morte e vida severina
Adeus, Rosinha, vou-me embora do sertão
No pau de arara,
Vou partindo pra viagem,
Carregando na bagagem
A saudade do meu chão
Sou sertanejo, cabra macho, entregue à sorte
O braço forte, que não teme trabalhar
Tempero que deixa vida mais rica
A "tradição" nordestina
Gostinho de quero mais

"Padim Ciço" alumia meu "São João"
Ê Gonzaga ê... o rei do baião
Festa na roça, sanfoneiro, arrastapé
Vou levando meu amor até onde deus quiser

Migrei, busquei um futuro melhor
Levei, no bornal a bravura, o suor
A semente da Cultura*
Que floresce no torrão*
E lá vou eu...
Pelas andanças dessa vida
O galo canta um novo dia
Meu "pavilhão" te acolheu
75 anos de história
Marcados na memória
Hoje a feira sou eu!

Meu samba vai forrozear
Tem batida de zabumba com pandeiro
Em São Cristóvão, faz a feira Abolição
Pedacinho do nordeste no meu Rio de Janeiro