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Apresentadora da GloboNews se emociona ao ouvir o relato da mãe do menino Miguel

Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife na última semana

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Aline Midlej, apresentadora da GloboNews, se emocionou ao ver o relato de Mirtes Renata Souza, mãe do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife na última semana.
Na sequência, ela entrevistou o presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, e fez uma pergunta, que ela mesmo classificou como ‘subjetiva’: "Vou te fazer uma pergunta que é difícil, ela é meio subjetiva, mas acho que ela é fundamental e deve ser sim servir de ponto de partida do que a gente pode falar sobre justiça no Brasil. Se essa criança fosse filha, filho de uma autoridade, de um prefeito, pertencesse à classe média alta abastada da capital pernambucana, o tratamento seria diferente, ela (a acusada) seria enquadrada por crime culposo, pagado a fiança e saído pela porta de frente?”.

O pequeno Miguel acompanha a mãe no trabalho, quando o acidente aconteceu. Mirtes era empregada doméstica do prefeito do município de Tamandaré, interior de Pernambuco, Sérgio Hacker (PSB), e de sua mulher, Sarí Mariana Gaspar da Corte Real.
A patroa de Mirtes ficou responsável pela criança enquanto ela foi levar os cães de Sarí para passear.

Sarí, que foi detida por suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar), pagou fiança e responderá em liberdade.
Bruno Baptista explicou para Aline que a acusada poderá responder por dolo eventual, que significa verificar a previsão de um resultado de morte para um ator.
"Inicialmente houve essa configuração de crime culposo, mas acreditamos que nenhuma linha deve ser desprezada. E sempre preservado o interesse da sociedade que esse caso seja demonstrado o que efetivamente aconteceu e que o culpado ou os culpados, com o devido contraditório e ampla defesa, tenham a devida punição", disse.