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William Waack é detonado por entrevistada por cobrir as manifestações contra o racismo

Jornalista foi demitido da TV Globo após ter um vídeo divulgado fazendo um comentário racista

William Waack é criticado por entrevista por cobrir protestos contra o racismo
William Waack é criticado por entrevista por cobrir protestos contra o racismo -
A jornalista e ex-consulesa da França no Brasil, Alexandra Loras, reclamou da participação de William Waack ao vivo na CNN nesta terça-feira. Ela criticou que o âncora do jornalismo da rede seja colocado para comentar a cobertura de manifestações antirracistas.

Alexandra foi a convidada para comentar o movimento antirracista e criticou que Waack comente sobre o assunto na programação do canal por assinatura. "Quando vejo William Waack, que foi mandado embora por um episódio de racismo, e hoje ele debater tanto tempo sobre racismo. Eu acho que deveríamos também convidar negros no lugar de fala deles para debater sobre essas questões". 

"Hoje, a CNN e toda mídia brasileira têm o poder de convidar acadêmicos negros para conversar sobre essa temática. Quando vejo o William Waack, que foi mandado embora por um episódio de racismo, e hoje ele debater tanto tempo sobre o racismo... Eu acho que deveríamos também convidar negros para debater sobre essas questões", criticou ela, enquanto era entrevistada por Daniela Lima no programa "CNN 360º".

Desde a morte de George Floyd por um policial branco nos EUA, manifestações antiracismo tomaram as ruas americanas e também brasileiras. Artistas e milhares de pessoas se manifestaram nesta terça-feira através da iniciativa Black Out Tuesday, que encheu a timeline de fotos pretas nas redes sociais.

Na internet, críticas já tinham sido feitas à cobertura da CNN sobre o assunto. Waack foi demitido da Globo após um comentário racista seu ser vazado e viralizar na internet. 

Durante sua participação, Alexandra ainda explicou a importância de especialistas com lugar de fala terem espaço para falar sobre racismo: "Dar essa pauta para as pessoas que sofrem na pele, que têm estudado esse assunto, que são ativistas militantes dessa causa."