'Messi sofria como ninguém'

O técnico da seleção da Argentina na última Copa do Mundo, Jorge Sampaoli, rompeu ontem o silêncio após a eliminação dos hermanos nas oitavas de final (4 a 3 para a França, em 30 de junho). Em entrevista ao jornal esportivo espanhol Marca, o treinador, que foi demitido após o Mundial da Rússia, elogiou o empenho demonstrado pelo craque Lionel Messi e lamentou a grande pressão que os jogadores e a comissão técnica sofreram para apresentar resultados.

"Ver Messi tão comprometido, sofrendo muito quando não se ganhava... O melhor jogador da história estava muito comprometido. Leo (Messi) sofria como ninguém a impossibilidade de vencer", disse Sampaoli, acrescentando que a pressão para conquistar o tricampeonato mundial a Argentina ganhou em 1978, em casa, e em 1986, no México pesou muito nos jogos que disputou na Copa.

"O fardo que este grupo carregava era pesado demais, estávamos todos acuados. Tínhamos que ter equilíbrio para que a obrigação de vencer não criasse mais ansiedade. Cada jogo era quase um sofrimento", disse.

Messi, junto com outros medalhões, como Agüero, Higuaín e Di María, está fora dos amistosos da Argentina na Arábia Saudita com o Iraque, amanhã, e o Brasil, na próxima terça-feira, às 15h (de Brasília), repetindo o que o técnico interino, Lionel Scaloni, já havia feito nos amistosos de setembro, nos Estados Unidos. Lá, a Argentina venceu a Guatemala (3 a 0) e empatou com a Colômbia (0 a 0). Mesmo fora da equipe, o craque do Barcelona, da Espanha, não deixa de ser o principal assunto na seleção.