Barroca não resiste e cai

Por mais que a diretoria quisesse manter Eduardo Barroca no cargo, a pressão ficou insustentável e com a derrota no clássico de ontem, a quarta seguida no Brasileiro, o destino foi selado. Após longa reunião, os dirigentes do Botafogo demitiram o treinador.

"Tivemos reunião com os atletas, que têm carinho e admiração grande pelo treinador. Não foi uma decisão fácil, foi muito complicada. O trabalho vinha sendo desenvolvido em bases sólidas. Foi necessária essa alteração, precisamos de reação imediata", disse o vice de futebol Gustavo Noronha.

Afundado em uma crise financeira — e agora de resultados —, o Botafogo terá de correr contra o tempo para definir um novo nome para a reta final do Brasileiro. As opções no mercado são escassas e a falta de dinheiro é um grande problema para a escolha do novo treinador. Por enquanto, o auxiliar Bruno Lazaroni é quem comandará a equipe quarta-feira contra o Goiás, às 19h15, no Nilton Santos.

A diretoria era adepta da continuidade, principalmente pelo apoio dos jogadores ao treinador, mas a pressão ao longo da semana da torcida e de parte dos conselheiros pela saída de Barroca acabou pesando. Tanto que antes mesmo do clássico já existia a informação no clube de que ele não ficaria no cargo em caso de novo tropeço.

Barroca assumiu o comando da equipe após o Campeonato Carioca e conseguiu surpreendente início de Brasileiro, com cinco vitórias em oito rodadas. Entretanto, a equipe caiu muito de rendimento até ficar cinco rodadas sem vencer. Ao todo, Barroca, de 37 anos, deixa o Botafogo com dez vitórias, três empates e 14 derrotas.