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Vitória com sofrência

Sem torcida, Mengão leva susto da Portuguesa-RJ, mas mostra força e vira no fim

Numa rara noite de silêncio no Maracanã quando o Flamengo joga, os comandados do técnico Jorge Jesus tomaram um baita susto da Portuguesa-RJ. Na primeira partida do Campeonato Carioca com portões fechados por causa da pandemia de coronavírus, o atual campeão brasileiro e da Libertadores quase foi surpreendido em casa, mas virou nos minutos finais: 2 a 1, ontem, pela terceira rodada da Taça Rio. Maicon Douglas fez para Lusinha, mas Marcão, contra, e Arrascaeta salvaram a noite.

Sem quatro titulares — Gabigol, Diego Alves, Filipe Luís e Gerson — o mistão Rubro-Negro teve esteve irreconhecível. Apesar da atuação sonolenta e previsível, o talento fez a diferença no fim, quando tudo indicava o primeiro revés sob comando de Jorge Jesus no Maracanã.

Numa retranca quase impenetrável — em alguns momentos, os onze jogadores estavam atrás da linha da bola —, a Portuguesa foi eficiente na sua proposta de jogo, pelo menos enquanto deu para resistir. Arame liso, o Fla só teve a sua primeira chance aos 30 minutos, quando Everton Ribeiro finalizou na direção do goleiro. Depois, Bruno Henrique teve duas oportunidades. Uma delas, de cabeça, passou rente ao travessão.

No início da segundo tempo, Jesus tentou ser mais vertical e sacou Pedro para a entrada de Michael, mas quem abriu o placar foi a Lusa. Aos 12, Maicon Douglas arriscou de longe, a bola desviou na marcação de Rafinha e tirou qualquer chance de defesa do goleiro César. Sem a torcida, acostumada a embalar as reações, o cenário era de filme de terror.

O Mais Querido até tinha a posse de bola, mas se limitava a cruzamentos sem direção e tentativas de jogadas individuais, quase sempre de Michael. Bruno Henrique, cara a cara com o goleiro, perdeu mais uma chance incrível.

Tudo parecia perdido, até que Vitinho, aos 42, arriscou finalização, a bola desviou Marcão e enganou o goleiro Milton Raphael. O empate parecia de bom tamanho, mas, aos 45, Arrascaeta recebeu de Renê, girou e, já dentro da área, decretou a virada rubro-negra. Ufa!