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Lutadora revela ter sido assediada pelo treinador do Anderson Silva

Atleta afirmou ter sido assediada sexualmente por Ricardo De La Riva, que é responsável por parte do treino do brasileiro

Ricardo De La Riva é um dos importantes nomes da história do Jiu-Jitsu brasileiro
Ricardo De La Riva é um dos importantes nomes da história do Jiu-Jitsu brasileiro -
Rio - Tetracampeã mundial, Cláudia do Val fez uma importante declaração ao canal do YouTube "Unleashed - The Game Changers" de Paola Diana. A faixa-preta de Jiu-Jitsu revelou que sofreu assédio sexual do ex-treinador Ricardo De La Riva em 2015. A lutadora contou que na época vivia um momento delicado na vida pessoal após deixar um relacionamento abusivo, descobrir que estava com bulimia e, todos esses problemas, acarretaram em uma depressão.
 
Do Val relatou que tudo começou quando De La Riva, em uma mensagem no WhatsApp, disse que iria até a casa dela para fazer uma massagem. Naquele momento, Cláudia pensou que fosse uma "brincadeira". No entanto, o professor logo apareceu na casa da atleta.

Sob forte emoção, Cláudia disse que sofreu uma angústia naquele momento e que via De La Riva como um pai: "Eu era muito ingênua em relação a ele e você pode dizer que eu era burra, porque tinha 25 ou 26 anos na época. Nunca passou pela minha cabeça que eu era uma mulher e ele era um homem, ele era como meu pai. (…) Entrei em pânico um pouco, mas eu estava tentando me convencer de que estava tudo bem. Eu era como "ele é como meu pai, quero dizer, é normal, que seu pai vá a sua casa fazer uma massagem". Mas então eu fiquei tipo: espero que ele esteja brincando", relatou a brasileira, que seguiu:

"Ele chegou na minha casa, foi lá, pediu uma massagem. Meu coração estava como você sabe, quase saindo do meu corpo. Mas eu fiquei tipo: "Vai acabar logo, espero que ele vá embora e a massagem termine". E ele ficou tipo: "Ok, é a minha vez agora". Naquele momento, eu não sabia o que fazer comigo mesma. Havia algo morrendo dentro de mim, eu não sabia o que fazer. Ele começou a me tocar. Eu não disse não, não o parei… Estava morrendo por dentro. Eu o odeio tanto. Embora não tenha dito "não" com minha voz, tenho certeza de que minha linguagem corporal estava dizendo "não", porque não era uma escolha. Eu era como uma estátua", desabafou Do Val.

Em setembro do último ano, à TATAME, Do Val contou que estava de saída da equipe De La Riva e elencou alguns motivos que a fizeram deixar o time, como a falta de apoio e a cobrança de mensalidade, por exemplo. Cláudia, então, passou a defender a bandeira da Soul Fighters.

A TATAME entrou em contato com Ricardo De La Riva, que não respondeu até fechamento da matéria.