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Dirigente do Botafogo faz duras críticas à Ferj e diz: ‘Cada gol do Gabigol pode ser uma morte do lado’

Clube alvinegro mantém posição de não entrar em campo em junho

Montenegro
Montenegro -
Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol do clube, deu declarações fortes na noite desta segunda-feira. Em entrevista ao SporTV, ele afirmou que, caso o clube não se entenda com a Ferj, pode pedir à Federação Paulista para disputar o Paulistão no próximo ano.
"Senti ontem que a Federação não quer o Botafogo e o Fluminense. Talvez a gente tenha que fazer um pedido à Federação Paulista para disputar o Estadual de São Paulo no próximo ano. Os paulistas estão com a cabeça no lugar. É uma coisa que nunca ninguém viu: 100 dias sem jogo, todos os países do mundo respeitaram uma doença traiçoeira, ninguém falou em treino, em jogo, e se fala aqui em protocolos. Se fala aqui em terminar logo o campeonato para ajudar os clubes menores. Como se só aqui houvesse clubes menores, e não em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco…", disse o dirigente.
Montenegro também voltou a criticar o retorno do futebol e a realização de Flamengo x Bangu nesta quinta-feira, no Maracanã, local onde está montado um hospital de campanha.
"É uma falta de respeito às pessoas que estão enterrando mortos. Ontem foram 1.300 mortos, hoje 1.200. Vamos fazer um jogo amanhã do lado de um hospital de campanha com 60 doentes de coronavírus. Cada gol do Gabigol amanhã, com zero público, pode significar uma morte do lado. O que as pessoas ganham com isso? Aonde elas querem chegar? Ah, mas há clubes treinando desde o dia 20 de maio. Parabéns, terão um mês na frente da gente, foram corajosos. Sabe por que o Botafogo não treinou? Por medo, respeito às autoridades sanitárias, respeito à OMS, respeito aos mortos. Os treinos estavam autorizados, mas não são obrigatórios. Não sou obrigado a expôr meus funcionários, comissão, jogadores. Tenho vergonha na cara, quero dormir bem", completou.