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Luto no basquete! Lenda do esporte brasileiro com passagem por Flamengo e Botafogo morre

Jogadora carioca foi medalhista de bronze no Mundial do Brasil, em 1971

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Rio - O basquete brasileiro está de luto. Morreu nesta terça-feira, aos 82 anos, a ex-capitã da seleção Marlene José Bento. Pioneira do basquete no país, a pivô foi considerada líder de uma geração vitoriosa entre a década de 60 e 70, que teve Maria Helena, Heleninha, Nilza e Norminha, entre outras. A família não divulgou a causa da morte.
"Mulher de garra, que ajudou a abrir as portas do esporte para toda uma geração. Em quadra, Marlene conquistou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955, a prata em 1959 e 1963 e o ouro em 1967 e 1971. Com a seleção, foi bronze no Mundial de 1971, em São Paulo. Nosso abraço fraterno em seus familiares e agradecimento mais uma vez por tudo que fez pelo nosso basquete. Descanse em paz, nossa capitã", publicou a Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Além da liderança na seleção brasileira, Marlene defendeu o Flamengo e Botafogo, antes de se mudar para São Caetano do Sul, equipe que defendeu por seis anos até encerrar a carreira como jogadora.
"O esporte me deu oportunidades que nunca teria sem ele. Graças ao basquete, pude fazer minha sonhada Faculdade de Educação Física, em Santos. Quase todo o nosso time estudava lá: eu, Delcy, Elza, Nilza. Me lembro que o Pelé e o Leão cursaram a faculdade na mesma época que eu. Além da universidade, conheci países lindos, convivi com pessoas maravilhosas e ajudei a desenvolver o basquete feminino no Brasil e até no mundo. Depois de vencer o Pan-Americano de 1967, fizemos partidas com a seleção tcheca a convite da FIBA para que avaliasse a inclusão da modalidade na Olimpíada, o que aconteceu em 1976. Isso mostra o prestígio que tínhamos na época, uma equipe técnica e rápida que encantava o público. Tudo isso me ajudou a ser a pessoa que sou hoje e por isso sou eternamente grata ao basquete", disse Marlene, em 2006, ao Painel do Basquete Feminino.