Mais Lidas

Luto! Ex-volante da Seleção morre aos 74 anos

José Luiz Carbone estava internado desde a última quarta-feira vítima de câncer descoberto no começo de dezembro

Figurinha de Carbone no álbum da Copa de 1974
Figurinha de Carbone no álbum da Copa de 1974 -
Rio - Morreu na noite do último domingo, em Campinas, o ex-treinador e ex-volante José Luiz Carbone, que teve passagens pela Seleção, Internacional e Botafogo como jogador e ótimos trabalhos como técnico no Fluminense e Guarani.
Carbone tinha 74 anos e morreu em decorrência de um câncer hepático que foi descoberto há pouco tempo, no início de dezembro. O falecimento se deu por volta das 19h.
O ex-treinador foi internado na última quarta-feira, no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas, cidade em que morava. De acordo com seu filho Rodrigo, a doença evoluiu de forma rápida.
Ele deixa a esposa Marlene, cinco filhos (Daniela, Rodrigo e Gabriela, do primeiro casamento, e Brunela e Marcela, do segundo casamento) e cinco netos (João Victor, Bernardo, Raul, João e Theo).
O velório está marcado para as 9h desta segunda. O sepultamento vai acontecer logo depois, às 11h, no Cemitério Parque das Acácias, em Campinas.
CARREIRA
Como jogador, Carbone estreou no São Paulo em 1964. Jogando como volante, foi no Internacional em que teve sua passagem mais marcante dentro de campo. Pelo colorado, conquistou cinco títulos gaúchos entre 1969 e 1973. Ele foi considerado um dos mentores do grande Paulo Roberto Falcão.
Se destacando no Inter, Carbone foi parar na Seleção. Em 1974, já jogando pelo Botafogo, ele estava presente na pré-lista de 25 convocados para a Copa do Mundo, mas foi cortado no último momento por Zagallo.
O volante também passou pela Ponte Preta, Metropol-SC e Nacional-SP, este último, onde encerrou sua carreira, em 1982.
Como treinador, Carbone passou por mais de 30 times. Um dos seus primeiros trabalhos foi no Fluminense, onde foi campeão carioca em 1983 e comandou o time em 16 das 26 partidas do título brasileiro de 1984. Por divergências com a diretoria, saiu antes do fim do campeonato e viu Carlos Alberto Parreira levantar a taça com o tricolor.
Ele voltou a comandar o time das laranjeiras em mais duas oportunidades, em 1987 e 1997/1998. 
Na sua galeria de títulos como treinador, ainda tem o Campeonato Peruano de 1996, com o Sporting Cristal e campeão Paraense como o Remo em 1999. Também teve passagens marcantes no Guarani, onde foi treinador por quatro oportunidades, com direito ao vice-campeonato paulista, em 1988, e o acesso à elite estadual em 2007.
Nos últimos anos, atuou como comentarista esportivo na Rádio Brasil, de Campinas.