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Superliga da Europa: Torcedores ingleses protestam contra seus clubes

Entre os membros fundadores, Liverpool, Manchester United e Arsenal foram duramente criticados

No estádio de Anfield, torcedores do Liverpool colocaram faixas em protesto à criação da Superliga da Europa
No estádio de Anfield, torcedores do Liverpool colocaram faixas em protesto à criação da Superliga da Europa -
Torcedores do Liverpool, do Manchester United e do Arsenal estenderam faixas de protesto contra a participação de seus clubes na criação da Superliga da Europa, competição que rivalizará com a Champions League e pretende criar um grupo fechado de elite. Os fãs criticaram o movimento e a ação de seus clubes.
Em Liverpool, duas faixas foram expostas na porta do estádio de Anfield. Uma delas dizia: "Torcedores do Liverpool contra a Superliga Europeia". E a segunda foi ainda mais forte: "Envergonhe-se. Descanse em paz, Liverpool: 1892-2021", numa referência à morte do clube.
O texto da segunda faixa também foi usado por torcedores do Arsenal, do lado de fora do Emirates Stadium, em Londres. Um outro torcedor levou uma placa de papelão com "Devolva-nos o nosso Arsenal". E em Manchester, os fãs do United levaram a faixa "Criado pelos pobres, roubado pelos ricos".
No domingo, os membros fundadores da Superliga da Europa anunciaram a competição. Por enquanto, são 12 clubes: os ingleses Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Tottenham e Arsenal, os espanhóis Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid e os italianos Juventus, Milan e Inter de Milão. A ideia é chegar a 15 membros fundadores, mas Bayern de Munique, Borussia Dortmund, PSG e Porto se negaram a participar.
A Superliga da Europa seria disputada com 20 equipes: cinco seriam convidadas anualmente e os 15 membros fundadores participariam sempre. Seriam dois grupos de 10, com os três primeiros se classificando direto para o mata-mata e os quartos e quintos disputariam mais duas vagas. O objetivo é rivalizar com a Champions League, mas com arrecadação muito superior, já que a expectativa é de 3,5 bilhões de euros no primeiro ano.
Entretanto, o anúncio não repercutiu bem. A Uefa já se movimenta para banir os clubes que participarem da Superliga de todas as competições nacionais. Ela recebeu o apoio da Fifa e das ligas. Além disso, jogadores e ex-jogadores têm criticado duramente o movimento nas redes sociais.