Em uma das mais tradicionais competições do estado do Rio de Janeiro, um time repleto de refugiados roubou a cena e está na final. O Pérolas Negras enfrenta hoje o Maricá, às 15h, no Estádio do Trabalhador, em Resende, pelo jogo de ida da Copa Rio.
Inicialmente o que era apenas um projeto social para utilizar o futebol como forma de retirada de jovens de áreas afetadas por desastres, hoje é um time em ascensão no Rio de Janeiro. Atuais campeões da Série B2, equivalente a quarta divisão do Campeonato Carioca, o Pérolas Negras conta com cinco haitianos em seu elenco principal, que segundo o gerente de futebol, Marcos Badday, irão ajudar na disputa dessa final.
"A gente atualmente conta com cinco haitianos no time principal e quatro sírios no time sub-20. Nosso objetivo sempre foi associar um trabalho social com jovens que precisem de apoio com o esporte de alta performance. Nós esperamos que nos próximos anos possamos contar com mais jovens de mais nacionalidades", disse o dirigente.
Para essa final, Marcos Badday entende que foi uma surpresa a classificação do time, mas acredita plenamente no título do campeonato.
"A gente chega pra essa final, após pouca gente acreditar, pois a competição reúne clubes das séries A, A2, B1 e B2 do Carioca. Eu acho que temos condições reais de conquistar esse título", falou o cartola.
Tanto o Pérolas Negras, quanto o Maricá, já garantiram uma vaga em uma competição nacional no que vem, por terem chegado a final da Copa Rio. O campeão poderá escolher entre a Copa do Brasil e a Série D e o vice irá a para a competição não selecionada. O também diretor técnico do time falou sobre a entrada do Pérolas no cenário nacional.
"A nossa visão é que o Pérolas está entrando no cenário nacional com muita força. Estamos sentindo uma grande repercussão do nosso trabalho e ano que vem vamos aumentar ainda mais a divulgação da nossa marca", concluiu Marcos Badday.