O Santos encara o Goiás somente daqui uma semana, em Goiânia, na segunda-feira, em raro tempo para o técnico buscar alternativas que convençam a torcida e afaste o clima de cobranças que o fizeram optar por "lei do silêncio" e evitar as coletivas.
Leandro da Silva, conhecido como Cuquinha, foi quem falou após o 1 a 0 sobre o Operário, sábado, na Vila Belmiro, jogo no qual Carille mais uma fez foi bastante vaiado e até xingado por causa do futebol ruim apresentado pelo time. O auxiliar tentou convencer que a Série B "não permite jogo bonito." A torcida, porém, quer triunfo e brilho para evitar problemas na reta final.
Carille já teve tempo parecido para treinos na Série B em duas oportunidades. Na primeira, não conseguiu fazer o time jogar e o resultado foi derrota por 1 a 0 para o Avaí na Vila Belmiro. O outro, diante do Brusque, que também terminou com o mesmo placar, mas para o Santos e o mesmo futebol burocrático que faz a torcida pedir a cabeça do comandante.
Cuquinha disse que o Santos irá para Goiânia forte na busca dos três pontos. Carille não terá desfalques, já que os oito pendurados - Gil, Escobar,João Schmidt, Diego Pituca, Rodrigo Ferreira, Giuliano, Tomás Rincón e Sandry - passaram ilesos. Sabe, contudo, que precisa fazer a equipe jogar bola se quiser permanecer para 2025. O presidente Marcelo Teixeira já o bancou até o fim da Série B. A pressão das arquibancadas, entretanto, pode finalizar a parceria precocemente.
A irritação do santista vem pelo fato de a equipe vir passando sufoco nas partidas e por produzir pouco na frente. Carille já trocou laterais, deixou Otero no banco, "desistiu" de Furch e Bigode na frente e mesmo assim a equipe não anda. Laquintana e Serginho são requisitados por mais tempo em campo, enquanto Luan Peres aguarda uma oportunidade por mais experiência na defesa.