Heróis são de alto patamar
Em grande fase, Arrascaeta e Coutinho fazem duelo de camisas 10 no Clássico dos Milhões
Por DANILLO PEDROSA
Publicado em 21/09/2025 00:00:00 Atualizado em 21/09/2025 00:00:00Mais que craques, super-heróis. No lugar da capa, o número 10, que tantas vezes fez a diferença no Clássico dos Milhões, estampado nas costas. Com Arrascaeta e Coutinho em campo, não restam dúvidas de que o legado de Zico e Roberto Dinamite estará bem representado hoje, no duelo entre Flamengo e Vasco, às 17h30, no Maracanã, pelo Brasileirão.
As missões de cada um são muito distintas. No caso de Coutinho, está mais para um 'salvamento'. A grande meta do Cria da Colina, pelo menos por enquanto, é afastar o Gigante da zona de rebaixamento e, quem sabe, sonhar com voos maiores depois.
Arrascaeta está mais para o líder de uma Nação que tenta dominar o futebol brasileiro. O único objetivo é 'vencer, vencer, vencer' para manter a liderança isolada e conquistar o enea, enquanto é perseguido por Cruzeiro e Palmeiras, principais candidatos a 'vilões' para os rubro-negros.
O superpoder, no entanto, é o mesmo: fazer a rede balançar, seja diretamente ou servindo algum companheiro. Depois do Mundial de Clubes, os dois são os meio-campistas com mais gols marcados no Brasileirão: quatro para cada. O craque do Vascão ainda fez mais um na Copa do Brasil, contra o CSA, e o do Mengão fez um na Libertadores, diante do Inter — sem contar um pela seleção uruguaia. Em assistências, Arrasca leva a melhor no período, com seis, contra nenhuma de Coutinho.
Escrita incômoda
Os vascaínos sabem que suas chances de vencer passam muito pelos pés do camisa 10, mas, ao mesmo tempo, nunca viram o Vasco vencer o Fla com ele em campo. O apoiador tem cinco derrotas e dois empates em sete jogos contra o arquirrival, somando as duas passagens na Colina, e um gol marcado.
Do outro lado, rubro-negros cansaram de ver Arrascaeta levar a melhor sobre o Cruz-Maltino. Em 22 Clássicos dos Milhões disputados, foram 15 vitórias, seis empates e apenas uma derrota, além de seis gols marcados. Pelo Brasileirão, nunca perdeu pro rival, com seis triunfos e dois empates.
O retrospecto do uruguaio no campeonato é reflexo de um longo jejum de vitórias do Vasco no clássico. Pelo Brasileiro, a última vez que levou a melhor foi há 10 anos, por 2 a 1, no Maracanã, em 2015 — gols de Rodrigo e Nenê, e Emerson Sheik descontou.
Seja qual for o resultado, pode ter graves consequências para um dos times. O Vascão corre o risco de terminar a rodada na zona de rebaixamento. Já o Fla, se perder, pode ver o Cruzeiro igualar o seu número de pontos, mas com um jogo a mais.