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Ídolo do Botafogo diz que Golpe Militar está ligado ao jejum do Brasil em Copas

Ex-jogador ainda comparou atual momento político do país com o passado

Afonsinho ao lado do ex-treinador do Botafogo, Alberto Valentim
Afonsinho ao lado do ex-treinador do Botafogo, Alberto Valentim -
Rio - Ex-jogador do Botafogo, Afonsinho sempre foi uma figura de opiniões fortes dentro e fora de campo. Em entrevista ao portal "UOL", o ex-jogador afirmou sobre quanto a política pode influenciar negativamente dentro das quatro linhas.
"Eu sempre tive, e continuo tendo, o interesse na questão social, na preocupação da justiça social. E isso foi criando uma área de atrito dentro do clube. Algumas medidas autoritárias não tinham muito a ver... Foram essas ações que levaram, inclusive, o Brasil a ficar de 70 a 94 sem ganhar um título. Isso é uma coisa que pouca gente fala, mas existe uma relação direta com o momento político de exceção, com uma ditadura", afirmou.
Muito politizado, Afonsinho, que hoje tem 72 anos, revelou preocupação com o atual momento político do Brasil. "Não é fácil fazer um gol nessa partida. Voltou a ser muito mais difícil e complicado. Uma outra ditadura. É muito explícito isso, não tem como mascarar isso. É uma diferença pequena de formato, quase nenhuma. Inclusive, agora, nesses dias, procura-se um calendário semelhante ao de 64. Nós estamos num momento muito crucial desse processo. Parece seguir um calendário, como uma marcha em março. É muito explícito", disse.