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Substituído por Barroca antes da estreia, Díaz evita críticas ao Bota

Demitido há pouco mais de um ano, Eduardo Barroca volta ao Glorioso, com 81% de chances de rebaixamento

Ramón Díaz ainda sonha em dirigir algum clube brasileiro na carreira
Ramón Díaz ainda sonha em dirigir algum clube brasileiro na carreira -
Rio - Há coisas que só acontecem ao Botafogo. Em meio ao caos administrativo, financeiro e técnico, o mantra alvinegro nunca foi tão atual. Penúltimo colocado no Campeonato Brasileiro, com 20 pontos, o Botafogo anunciou, nesta sexta-feira, Eduardo Barroca como o quarto técnico em 22 rodadas disputadas na competição. Demitido antes mesmo da estreia à frente do Glorioso, o argentino Ramón Díaz, que se recupera de uma cirurgia para a retirada de um nódulo da garganta, deu as caras, via redes sociais, mas evitou o embate com a cúpula alvinegra.
"Esta é uma mensagem para todos que me seguem e que se preocupam comigo. Quero que vocês saibam que a operação foi um êxito e que minha alta será no dia 7 de dezembro. Mando mensagem também para todos no Botafogo, jogadores e ambiente futebolístico. As coisas não saíram como queríamos, a verdade é que um futebol que gosto e não perco a esperança de um dia poder dirigir um clube no Brasil", disse Ramón Díaz no vídeo publicado no Twitter.
À beira do precipício, o Botafogo tem pela frente uma difícil missão para evitar o terceiro rebaixamento do clube. Paulo Autuori, Bruno Lazaroni e Ramón Díaz, representado pelo filho e auxiliar, Emiliano, nos três últimos jogos não tiveram êxito para administrar a pressão, da torcida e política, e aumentar a competitividade do Alvinegro, 'rei' dos empates no Brasileiro: 11 em 22 rodadas. Com 81% de risco de queda para a Série B, Eduardo Barroca terá uma inglória sequência contra Flamengo, Internacional e São Paulo, todos no G-4. 
O ditado diz que a pressa é inimiga da perfeição. Com a corda cada vez mais apertada no pescoço do torcedor, em especial, a diretoria, que estava ciente da cirurgia de Díaz, decidiu dispensar o argentino. Demitido há pouco mais de um ano pelo próprio Botafogo, Barroca é mais uma e, talvez, última desesperada decisão da diretoria para mudar salvar a equipe.
Em outubro de 2019, ele foi dispensado após quatro derrotas seguidas, deixando o Alvinegro em 12º lugar e retrospecto pessoal de dez vitórias, três empates e 14 derrotas. Adepto do jogo baseado na posse de bola, Barroca terá muito trabalhar para dar uma 'cara' para um time sem identidade em campo.