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Dirigente responsável pela reformulação em 2015 acredita que o Botafogo já precisa se planejar para a série B

Antônio Lopes acredita que situação do Alvinegro é irreversível

Antonio Lopes.
Antonio Lopes. -
Rio - O Botafogo vem vivendo uma das piores fases da sua história. Com 23 pontos no Brasileirão, o clube ocupa a penúltima colocação e parece que a luz no fim do túnel está cada vez mais distante, já que está a nove pontos do Fortaleza, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Em 2014, o Glorioso sofreu com seu segundo rebaixamento e Antônio Lopes chegou como gerente de futebol no fim do ano para comandar a reformulação feita em 2015.
Quando assumiu, Lopes viu um cenário péssimo no Botafogo, com jogadores saindo por conta de salários atrasados e com um elenco que contava com apenas oito atletas para iniciar a temporada de 2015, que no final das contas, teve um final feliz e o time conseguiu o acesso a série A. E agora, o ex-gerente do clube já tem a receita para repetir o sucesso da última subida.
"Estava muito difícil começar o trabalho, tínhamos oito jogadores. Mas aos poucos nós fomos convencendo determinados jogadores e contratando. E o presidente Carlos Eduardo na época assumiu comigo aquela responsabilidade de pagar. Eu falei "presidente, a gente não vai fazer nada sem pagar direitinho, pagar em dia os jogadores". Fomos contratar jogadores com perfil financeiro baixo, para poder pagar esses jogadores", contou.
Hoje o elenco do Botafogo tem jogadores experientes, como os goleiros Gatito e Diego Cavalieri, além do atacante Kalou. A direção do clube já se mobiliza para planejar a próxima temporada cientes de que jogarão a série B. Uma realidade não muito distante. Mas Lopes já tem um perfil de jogadores de que poderão fazer parte da equipe:
"Tem que ser com jogadores de série B. Jogador para jogar na série B não pode ser jogador de série A, tem que ser diferente. É totalmente diferente, tem que saber contratar também. O Botafogo vai ter que fazer a reformulação nesse projeto que já começou agora, fazer a reformulação do elenco, liberar vários jogadores que não terão condições de jogar o próximo campeonato", explicou.
Para o dirigente, apesar do campeonato ser diferente, com muito mais pressão, o clube não pode renunciar aos jovens jogadores que fazem parte do atual elenco:
"Sem dúvida tem que usar a base, tem bons jogadores. O Botafogo trabalhou muito bem a base, como eles vão fazer um plantel tem que botar uns 35 ou 40% de jogadores da base", concluiu.