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Decisivos contra o Vasco, Vitor Gabriel e Bill jogam juntos há anos no Nova Iguaçu e no Fla

Os dois jogadores despertaram as atenções da comissão técnica no campeonato local de Nova Iguaçu, quando tinham entre 13 e 14 anos

Vitor Gabriel (o primeiro em pé, da esquerda para a direita), e Bill (o primeiro sentado) são crias da Baixada Fluminense
Vitor Gabriel (o primeiro em pé, da esquerda para a direita), e Bill (o primeiro sentado) são crias da Baixada Fluminense -

Bill sabia o que fazer quando Rodinei cobrou o lateral no seu pé. O jovem atacante entrou aos 39 do segundo tempo para fazer pressão ao Vasco, que vencia por 1 a 0. Deu certo. Assim que recebeu, Bill cruzou com perfeição na cabeça de Arrascaeta, que marcou o gol que levou a decisão para os pênaltis, e dali para o título.

Quinze minutos antes, o auxiliar técnico Leomir havia colocado Vitor Gabriel. Ele e Bill são amigos de longa data, desde os tempos das categorias de base do Nova Iguaçu. Bill é visto pelos treinadores como driblador, enquanto Vitor Gabriel é daqueles que vão direto ao gol. Ambos têm estrela. "Imagino que seja gratificante você trabalhar com um cara há tanto tempo, desde o juvenil, e conseguir um título com apenas um jogo como profissional, caso do Bill, e seis jogos, como o Vitor Gabriel", festeja Elson Luis, irmão de Fabrício — Bill para os rubro-negros, que já se sentem íntimos do garoto de 19 anos.

"A partida estava quente, e a gente estava perdendo o jogo. E ele, com dez minutos, entrou e conseguiu fazer uma boa jogada que resultou no gol. Foi coisa de outro mundo", celebra o irmão.

Assim como o Flamengo apelida seus jovens atletas de 'Garotos do Ninho', o time do Nova Iguaçu os chama de 'Frutos da Terra'. Vitor Gabriel e Bill representam muito bem os dois. "O que fortalece o Nova Iguaçu é que os pais acreditam na gente. A mãe e o pai do Bill, do Vitor, confiam na gente, e a gente está sempre orientando. Não falo o que o jogador quer ouvir, mas o que ele precisa ouvir", diz o presidente Jânio Moraes.

Técnico da equipe sub-17 do Nova Iguaçu, Jefter Percy treinou a dupla em 2014 e é só orgulho. "Bill é um jogador 'de rua', alegre, pra cima, humilde. Já o Vitor Gabriel era um pouquinho mais contido. Personalidade forte, principalmente na hora do jogo. É um garoto mais tranquilo. Gostava de brincar mais nos bastidores", conta o ex-professor. Os dois jogadores despertaram as atenções da comissão técnica no campeonato local de Nova Iguaçu, quando tinham entre 13 e 14 anos.

"Com times do mesmo nível eles se sobressaíam. Contra as grandes equipes, faziam a diferença. O Bill sempre marcava contra o Flamengo. Vitor Gabriel fez três gols em dois jogos contra o Flamengo no Infantil", lembra.