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Dirigente do Flamengo responde declaração de Bandeira de Mello: 'Por favor, pare com isso'

Nesta semana, o Flamengo chegou a um acordo de indenização com a família de Bernardo Pisetta, de 14 anos, uma das 10 vítimas do incêndio no Ninho do Urubu

Eduardo Bandeira de Mello foi presidente do Flamengo de 2013 até 2018
Eduardo Bandeira de Mello foi presidente do Flamengo de 2013 até 2018 -
As declarações de Eduardo Bandeira de Mello sobre o caso do incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou 10 jovens da base em fevereiro de 2019, não foram bem vistas pela atual diretoria rubro-negra. Rodrigo Dunshee, VP Geral e Jurídico, respondeu, nas redes sociais, que o ex-presidente deveria discutir o caso "apenas no processo criminal". Por fim, pediu para que ele "pare com isso".

"Numa semana em que tivemos a boa notícia de um acordo, vem o Eduardo fazer declarações infelizes e tentar fugir de algo que deveria discutir apenas no processo criminal. Essa exposição do clube é péssima. Por favor, pare com isso", publicou Dunshee em resposta à declaração de Eduardo Bandeira de Mello.

Convidado do "De casa com o LANCE!" desta terça-feira, o ex-presidente do Flamengo voltou a declarar que os alojamentos que atendiam ás divisões de base, no Ninho do Urubu, eram "perfeitamente adequados" e que "poderia perfeitamente deixar filhos e netos dormirem" lá.

"Os alojamentos não tinham nada demais, eram alojamentos perfeitamentes adequados. Aonde eu poderia perfeitamente deixar meus filhos e netos dormirem. São alojamentos que são equivalentes aos da Unidade de Pronto Atendimento da prefeitura e do estado, da sede da Rio 2016 e de vários hotéis pelo mundo. Até o alojamento do Corpo de Bombeiro é idêntico. Então, de vez em quando vem alguém que se precipita e diz "O alojamento dos meninos foi condenado pelos bombeiros", e não foi, não tem condenação de bombeiro e nem de ninguém. Nem da prefeitura. O bombeiro não ia condenar um alojamento que ele próprio usa, igual, só a cor que é diferente".

Nesta semana, o Flamengo chegou a um acordo de indenização com a família de Bernardo Pisetta, de 14 anos, uma das 10 vítimas do incêndio no Ninho do Urubu em 8 de fevereiro de 2019. Os núcleos familiares de Gedson Santos, Áthila Paixão e Vitor Isaías também já acertaram com o clube esta questão, assim como o pai de Rykelmo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro, por sua vez, aguarda o retorno dos prazos processuais, paralisados por conta da pandemia do coronavírus, para apresentar a denúncia - a qual já está montada e os denunciados identificados.