Rio - Depois de dois meses de atraso nos salários e cinco de direito de imagem, totalizando R$9 milhões em dívida, na última semana, o presidente do Fluminense, Pedro Abad, fez uma vaquinha para juntar dinheiro para pagar os jogadores e tentar minimizar o mal-estar. Cerca de R$ 150 mil foi arrecadado na campanha com a ajuda de conselheiros e ex-dirigentes, como o ex-presidente Peter Siemsen. Com o dinheiro na conta, o elenco decidiu dividir a quantia com o restante do departamento de futebol.
A ideia da diretoria era pagar a quantia após o jogo contra o Ceará. Mas, devido a todo o problema após novo tropeço, o pagamento foi feito no treino de terça-feira. Segundo o site 'NetFlu', os jogadores teriam ironizado a quantia. Em nota, o Fluminense confirmou a vaquinha, mas negou ter havido reclamação do elenco.
"Antes do jogo contra o Ceará, na última segunda-feira, a diretoria comunicou aos atletas que um grupo de colaboradores iria fazer uma doação financeira ao time, independentemente do resultado no Maracanã. Partiu dos atletas a decisão de dividir igualmente o valor recebido entre todos os funcionários do departamento de futebol. Diferentemente do publicado, não houve reclamação ou qualquer outra manifestação contrária à iniciativa do clube", afirmou o clube na nota.
Apesar da iniciativa, a diretoria tricolor segue sem prazo para quitar as pendências com o elenco. Após os protestos da torcida chamando o time de sem vergonha, os jogadores, que vinham tratando o assunto internamente, mostraram descontentamento com a situação e falaram abertamente sobre os atrasos.
"Jamais vamos criticar qualquer tipo de ajuda que venha ao elenco. Passamos por um momento difícil e toda ajuda é bem-vinda. Tanto que pegamos este valor e dividimos com todos os funcionários da área do futebol. Todos damos o nosso melhor, mas também é com este tipo de ato que demonstramos que todo mundo está no mesmo barco", afirmou Jadson, em coletiva após o treino desta quarta-feira.