Duelo para manter a invencibilidade no Maraca

O Fluminense começa outra vez à busca pelo tão sonhado título continental. Depois de chegar perto nas últimas três edições, sendo eliminado com a sensação de que poderia ter ido mais longe, o Tricolor dará o primeiro passo na Copa Sul-Americana de 2020 hoje, às 21h30, contra a Unión La Calera, do Chile, com a esperança de que o Maracanã continue sendo o principal trunfo.

O estádio tem feito a diferença ao longo dos anos e ajudado o Tricolor a passar de fase na competição sul-americana contra equipes estrangeiras. São 14 confrontos e apenas três tropeços: empates com Antofagasta-CHI (0 a 0 em 2019), Universidad de Chile (2 a 2 em 2009) e Gimnasia y Esgrima-ARG (1 a 1 em 2006). Um aproveitamento de 85,7%. Somente quando enfrenta brasileiros é que o Tricolor não consegue se aproveitar do Maracanã, onde foi eliminado por Flamengo, Athletico-PR e Corinthians nas últimas três edições.

"Estou bem ansioso para esse jogo. É o mais importante do ano neste início de temporada. Não só a torcida, mas nós também temos muita vontade de conquistar (a Sul-Americana). Ano passado podíamos ter ido mais longe. Espero que a torcida possa comparecer e nos ajudar a buscar um grande resultado", afirmou Nenê.

Contra a Unión La Calera, o Fluminense vai enfrentar um adversário que disputa apenas sua segunda competição internacional e fará seu primeiro jogo no Maracanã. Ainda assim, há a preocupação de um bom pontapé inicial, assim como nas campanhas que levaram à semifinal em 2018 (estreia com 3 a 0 no Nacional Potosí-BOL) e às quartas de final em 2017 (2 a 0 no Liverpool-URU) e 2019 (0 a 0 com o Antofagasta-CHI), também estreando em casa.

"É um jogo de 180 minutos, temos que fazer um bom resultado dentro de casa mas ter equilíbrio para não tomar gols, o que para eles seria interessante. Então, foco total", completou o meia.

Nenê deve jogar hoje, usando a camisa 24

O meia Nenê vai usar a camisa 24 na Copa Sul-Americana. Ao fazer o anúncio, o Tricolor das Laranjeiras informou que esta foi uma forma que o jogador encontrou para homenagear o ex-astro do basquete americano Kobe Bryant, morto em um acidente de helicóptero, na Califórnia, no dia 26 de janeiro passado. A utilização do número é também em apoio à campanha contra a homofobia no futebol. Embora seja provável que Nenê comece o jogo, logo mais, a formação da equipe é cercada de mistério. Sem repetir a escalação, o técnico Odair Hellmann faz mistério para a estreia na Sul-Americana. Possivelmente os torcedores verão uma sexta formação diferente, mas o treinador deve contar com reforços importantes, pelo menos no banco de reservas. Em busca da formação ideal no meio, Odair conta com Hudson e Nenê como titulares, e a tendência é que escale Henrique.

Diretoria paga 70% do salário

O Fluminense quitou uma parte de sua dívida com jogadores e funcionários ao pagar 70% dos salários do mês de dezembro (na carteira de trabalho). A informação inicial foi divulgada pelo site Globoesporte.com. A expectativa da diretoria tricolor é resolver a pendência até o dia 15 deste mês. Se conseguir quitar os 30%, o Fluminense ainda precisará pagar dois meses de direitos de imagem (novembro e dezembro) aos jogadores. E a partir de sexta-feira, quinto dia útil, ficará devendo janeiro, mas com a expectativa de regularizar antes de março. Na semana passada, o presidente tricolor, Mário Bittencourt, admitiu que iria atrasar o primeiro mês do ano, mas seguia trabalhando para quitar o quanto antes. Segundo o dirigente, o atraso nos salários de dezembro deveu-se ao pagamento de férias e 13º. Desde que assumiu, em junho, a atual diretoria do Fluminense quitou dez folhas salariais e segue tentando  regularizar.