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Dez anos do Tri!! Conca relembra superação por título do Fluminense: 'Algo que nem eu imaginei'

Protagonista do título de 2010, o argentino jogou os 38 jogos do Campeonato Brasileiro e foi premiado com conquista histórica

Darío Conca
Darío Conca -
Rio - O Campeonato Brasileiro de 2010 teve um protagonista absoluto: Darío Leonardo Conca. O meia argentino do Fluminense, eleito o craque do campeonato esteve presente nos 38 jogos da campanha vitoriosa do clube das Laranjeiras. Em conversa com o Jornal Meia Hora, o ídolo da torcida tricolor revelou que teve uma conversa com o departamento médico do Fluminense durante a sequência de jogos e mesmo com bastante desgaste permaneceu em campo para levar o Tricolor ao título do Brasileiro, que completa dez anos no dia de hoje.
"Aquele ano eu consegui algo que nem eu mesmo imaginei, que era jogar 38 partidas e ser campeão pelo Fluminense. Foi um ano especial, um ano lindo. Acho que nosso elenco era muito forte. A decisão de continuar jogando não foi por outro machucou não, foi porque eu queria jogar me sentia bem. O doutor Douglas me deu apoio, o doutor Vitor também, a fisioterapia, a preparação física também, todos me deram confiança. E eu cheguei a perguntar o que podia acontecer comigo se eu continuasse jogando, aí o doutor me disse: "Pode estourar o menisco". Aí eu preferi jogar e me dedicar 100% para ver o que acontecia e graças a Deus deu tudo certo", revelou o jogador, em entrevista feita com a intermediação da ASJ Consultoria.
Conca defendeu o Fluminense em duas passagens, a primeira de 2008 a 2011 e a segunda passagem em 2014. Pelo Tricolor ele viveu momentos marcantes, fez gol em semifinal e final de Libertadores, porém, nada parta o argentino supera a conquista do Campeonato Brasileiro sacramentada com a vitória sobre o Guarani, no Engenhão.
"Se passaram dez anos, aquela história foi mais bonita que todas que eu já havia vivido antes. Libertadores foi linda, mas em 2009 a gente ter conseguido sair daquela situação e buscar esse título foi incrível. Sabíamos da responsabilidade, eram 26 anos sem um título do Brasileiro. Foi muito nervosismo, porque assim como aconteceu o final feliz, poderia ter sido triste, porque jogamos em casa contra o Guarani, que já estava rebaixado. Se a vitória não viesse seria difícil. Foi um momento especial na minha vida, na minha carreira. Foi uma semana de tensão, mas gratificante conseguir aquele título tão importante para o clube e para minha carreira também", disse.
Considerado o protagonista do título do Campeonato Brasileiro, Conca tem uma opinião diferente de quem teve o papel mais decisivo na conquista tricolor. Apesar dos elogios ao elenco, ao treinador Muricy Ramalho e também a diretoria, na opinião do argentino o título não teria acontecido sem a participação dos torcedores do Fluminense.
"Acho que tinha um ponto muito importante, uma diretoria tranquila, que nos apoiava, acho que foi fundamental. Com as dificuldades que tínhamos, mas falavam a verdade. Nosso elenco era forte, nosso técnico era o melhor do Brasil e foi decisivo ele ter recusado a Seleção. Tínhamos o patrocinador forte, uma comissão técnica ótima e contávamos com o maior força que um clube pode ter: um apoio incondicional da torcida. Tanto em 2009, quando ela nos abraçou contra o rebaixamento, quanto em 2010, nos apoiou bastante e foi fundamental no título", opinou.
Ao analisar a campanha do título do Brasileiro, Conca elegeu um jogo ainda no primeiro turno, quando o Fluminense nem líder ainda era como uma das partidas mais importantes para a conquista do título da competição. "A vitória contra o Santos, na Vila, eles tinham o melhor elenco e o jogavam o futebol mais bonito do Brasil, com Ganso e Neymar. Acho que a vitória foi muito especial para dar confiança de que era possível chegar no topo e ser campeão brasileiro", relembrou.
Dez anos depois, Darío Conca afirmou que mantém contato com boa parte do elenco tricolor, além de profissionais da comissão técnica e ex-dirigentes do clube carioca. Na opinião do argentino, a união daquele grupo deixou marcas até os dias de hoje.
"Com as redes sociais tudo fica mais fácil, pessoal da comissão técnica também. Tenho contato com muitos deles e fico feliz de ter conservado essas amizades, que me ajudaram tanto que juntos conseguimos participar de um título tão importante para a história do Fluminense. Era um elenco muito unido e muito forte", contou.
Ao comentar sobre o atual momento do Fluminense, que não conquista um título desde 2016, quando foi campeão da Primeira Liga, o jogador lamentou alguns problemas administrativos que o clube carioca teve nos últimos anos.
"O Fluminense vive um momento difícil, com a soma de erros de momentos anteriores, não é culpa só da diretoria atual. Por conta disso, o clube não consegue ter o brilho daqueles ano. Acho que é preciso planejamento para que o Fluminense volte a brigar por aquilo que a torcida merece, que é brigar por títulos. Creio que o futebol brasileiro está em um momento difícil, no geral. Mas o Fluminense já mostrou em outras oportunidades que é capaz de conseguir se superar e buscar conquistas, mesmo em momentos delicados", afirmou.
Sobre voltar ao Fluminense para exercer alguma função futura, Conca afirmou que não pensa sobre isso no momento. O argentino deseja se preparar ainda mais e aproveitar a vida. Porém, os olhares do ídolo argentino estão sempre voltados para as Laranjeiras.
"Creio que qualquer pessoa gostaria de estar trabalhando no Fluminense. Nunca fechei as portas, sempre vou estar torcendo pelo clube. Mas no momento estou me preparando, aproveitando a vida, para se em algum dia surgir alguma oportunidade e um convite poder novamente ajudar o Fluminense de alguma forma", concluiu.
Fluminense encara o Athletico-PR neste sábado
No dia em que completa dez anos do terceiro título do Campeonato Brasileiro, o Fluminense entra em campo no Maracanã em busca de uma vitória para voltar ao G-6. O rival será o Athletico-PR, às 19 horas. Sem poder contar com Fred, ainda se recuperando fisicamente após ser liberado pelo departamento médico, com Yago Felipe, que se recupera de lesão, com Yuri, Muriel e Digão, que estão em isolamento por conta da Covid-19, o Tricolor deve ir para campo com a seguinte equipe: Marcos Felipe, Calegari, Luccas Claro, Nino e Egídio; Hudson, Martinelli e Nenê; Michel Araujo, Wellington Silva e Marcos Paulo.
* Estagiário sob a supervisão de Pedro Logato
 
 
Darío Conca Reprodução Instagram
Ídolo no Fluminense, o argentino Darío Conca também teve passagens por Flamengo e Vasco Reprodução
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