Na entrevista coletiva após a queda do River Plate na Libertadores, diante do Atlético-MG, o técnico Marcelo Gallardo tinha visível tom de lamentação na coletiva. Principalmente, quando abordou o fato do time não traduzir o alto número de finalizações nos gols que precisava.
A avaliação do Muñeco é que o River atuou da maneira que planejou ao longo da última semana. Seja no caráter do volume como também no caráter de persistência. Entretanto, o passar do tempo sem que o marcador fosse aberto em Buenos Aires afetou a questão anímica e de nervos dos seus comandados:
“Estávamos no jogo. Fizemos o jogo que nos propusemos a fazer. Mas, infelizmente, o gol não saiu. Aquele ímpeto que seria para encontrar o gol e não estou falando de dois minutos, cinco, 20, durante todo o jogo, não veio. E, quando o gol não vem, a ilusão claramente começa a se esvaziar e, embora tenha começado a ficar difícil para nós, a equipe persistiu até o fim.”
Larga superioridade?
Quando avalia a semifinal como um todo, Marcelo Gallardo entende que, mesmo com a goleada mineira na ida, a distância das equipes não foi tão grande assim.
“No desenrolar, o (Atlético) Mineiro não foi muito mais do que nós. Eles nos golpearam nos momentos certos. Nos acertaram com certa justiça, não esperávamos e, mesmo assim, foi uma diferença de três gols. Com a vantagem, eles se defenderam muito bem (no jogo da volta) e não conseguimos fazer o gol que nos daria esperança para os outros”, acrescentou.
Problema no ataque
Desde a última vitória do Millonario, contra o Colo-Colo, o River vive extrema dificuldade para marcar. Nos últimos seis jogos, além do jejum de triunfos, são apenas dois tentos feitos e cinco sofridos. Algo que, notoriamente, incomoda Gallardo, mas não tira a confiança de melhora no futuro próximo:
“Em algum momento, o gol vai se abrir pra gente de novo. Infelizmente, isso não aconteceu hoje, que era o que queríamos. Não vou entrar no desespero de tentar antecipar o que pode acontecer em um futuro próximo. Tenho que ter um certo grau de concentração com os jogadores disponíveis para que o desempenho da equipe seja o mais próximo possível do que foi visto hoje, incluindo o gol.”
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