Inoperância ofensiva causa dor de cabeça ao Fluminense na reta final do Brasileirão

Tricolor tem o terceiro pior ataque da competição

Inoperância ofensiva causa dor de cabeça ao Fluminense na reta final do Brasileirão
Inoperância ofensiva causa dor de cabeça ao Fluminense na reta final do Brasileirão -

Um dos fundamentos que mais justificam a conturbada situação do Fluminense no Brasileirão são as finalizações. Afinal, o Tricolor tem o terceiro pior ataque da competição, com 30 gols, atrás apenas dos já rebaixados Cuiabá e Atlético-GO. Esses números evidenciam um problema que tem causado dor de cabeça ao técnico Mano Menezes, ainda mais em uma reta final tão disputada, em que o time necessita pontuar.

Dessa forma, a equipe tem média de menos um gol por jogo no campeonato. Algo que ficou claro no empate, sem gols, com o Criciúma, no Maracanã. O time teve enorme dificuldade para construir e incomodar a meta adversária e se limitou a alçar a bola na área, mesmo sem um centroavante com a característica de bom cabeceio.

Ao todo, foram 44 cruzamentos, sendo que a maioria deles foi coibido pelo sistema defensivo do Tigre. A que chegou mais perto da baliza do goleiro Gustavo foi justamente a cabeçada de Marquinhos no minuto final, quando a bola tocou no travessão e foi para fora. No entanto, pouco para um time que precisa pontuar para evitar um possível rebaixamento.

 

Números e desempenho causam preocupação

O ataque tricolor é dono da quinta pior média de finalizações certas por jogo (4.3), superando somente Cuiabá (3.3), Vasco (3.6), Fortaleza (4.0) e Vitória (4.1), segundo o Footstats. Quem também caiu de rendimento nas últimas duas partidas, na volta da última Data Fifa, foi Jhon Arias. Nos empates com Fortaleza e Criciúma, o colombiano não foi efetivo e decisivo.

A falta de criatividade e conexões piorou ainda mais com a ausência do cérebro do time. Assim, Ganso sentiu dores nas costas e teve que deixar o gramado para a entrada de Renato Augusto, que mais uma vez não correspondeu. O camisa 10, inclusive, disputa o prêmio para  formar o time do ano do The Best, ao lado de Cano e Nino, que se destacaram na Libertadores 2023 e Almada, que atualmente está no Botafogo.

“É necessário fazer gols para vencer jogos, é necessário fazer gols para se pontuar. Eu acho que a gente fez poucos gols na temporada e acho que a nossa equipe tem dificuldade de encontrar o caminho que te aproxima mais do gol. A gente conclui pouco, com o volume que tem a gente conclui pouco, e a gente precisa melhorar essa condição urgente”, disse Mano.

“Muitas vezes opta por uma metida de bola numa área fechada cheia de gente, às vezes você chuta, a bola bate em alguém e entra. O futebol tem muitos caprichos. Você tem que ser incisivo, tem que incomodar o adversário, criar dificuldades para ele. Acho que a gente pode melhorar isso”, analisou o comandante.

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