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Decisão do TAS mexe com rebaixamento no futebol boliviano

Por Jogada10

Publicado em 20/12/2025 19:36:28
Decisão do TAS mexe com rebaixamento no futebol boliviano

Por conta de uma decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o cenário estabelecido na disputa do Campeonato Boliviano deste ano (em especial, sobre o rebaixamento do Aurora) foi diretamente modificado.

O órgão máximo na esfera do direito esportivo global reverteu decisão que tirou 33 pontos do clube de Cochabamba, impetrada pelo Tribunal de Disciplina Desportiva (TDD), integrante da Federação Boliviana de Futebol (FBF), antes mesmo da bola rolar na competição nacional. Desse modo, o Aurora sai de quatro para 37 pontos em movimento fundamental para tirar o clube do rebaixamento.

Para completar o contexto de tensão e reviravolta, quem se viu prejudicado pelo aspecto judicial foi, justamente, o arquirrival do Aurora: o Jorge Wilstermann. Antes penúltimo colocado (posição que dava direito a disputa de playoff para escapar do descenso, contra o San Juan), a mudança na tabela relegou o Aviador para a lanterna do Boliviano e trouxe o ABB para o confronto de playoff em questão.

Desse modo, o clima nos bastidores das duas equipes da mesma cidade é frontalmente oposto. Algo que, naturalmente, se reflete nas notas oficiais divulgadas após a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte. Enquanto o Aurora tratou de agradecer os advogados pela reversão de “sentenças injustas e parciais”, o Wilstermann lamentou o cenário com o argumento da geração de um “precedente funesto” e “deixando em evidência grave falência estrutural” do futebol no país.

Entenda o caso

No regulamento da elite local, é necessário que todas as equipes usem um jogador sub-20 e um jogador sub-23 em todas as partidas que dispute no Apertura e Clausura do Campeonato Boliviano. Com isso, a princípio, se acreditava que o meio-campista Gabriel Montaño cumpria tal requisito por apresentar papeis que o apontavam como tendo 20 anos.

Entretanto, após denúncia do Royal Pari, investigações e depoimentos colhidos sobre o caso, a conclusão apontava para o fato de que ele se valeu de documentação do irmão mais novo (o real Gabriel Montaño), que faleceu há anos atrás. Ao ponto do próprio atleta confessar que seu nome real é Diego Montaño e ter 25 anos.

Diante dos fatos, o TDD puniu de maneira latente o Aurora, Diego Montaño (dois anos de suspensão) e também dois dirigentes do clube cochabambino: Jaime Edwin Cornejo Parra e Sandra Ivon Valencia Ramallo. Entretanto, com a reversão do caso ordenada pelo TAS, todos os envolvidos estão livres do cumprimento das sanções.

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