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Atualmente jogando no Fluminense, Nenê diz que se considera ídolo do Vasco

Meia defendeu o clube entre 2015 e 2018 e disputou 132 jogos com a camisa cruzmaltina

Nenê disputou 132 jogos com a camisa do Vasco
Nenê disputou 132 jogos com a camisa do Vasco -
O Fluminense pode ser o último clube da longa carreira de Nenê. O meia vestiu ao todo 14 camisas, em cinco países diferentes. No Brasil, o Tricolor é o sexto time do jogador. Antes, jogou no Paulista de Jundiaí, Palmeiras, Santos, Vasco e São Paulo. Na Espanha, passou por Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol. Já na França, atuou por Mônaco e PSG. Por fim, defendeu o West Ham da Inglaterra e Al-Gharafa, do Qatar, último clube no exterior antes de retornar ao seus país.

Devido ao longo tempo fora do Brasil (de 2003 até 2015, portanto 12 anos), Nenê corre o risco de se aposentar sem ter a idolatria de uma torcida por aqui. Por conta disso, o meia afirmou ao LANCE! que está "empolgado em conseguir marcar o nome na história do Fluminense". No entanto, na própria avaliação, o jogador afirmou que se sente ídolo do Vasco, do Paulista, além de Mônaco e PSG.

"O Vasco posso dizer que sou um pouco. E lá de fora, eu não me considero tanto, mas tenho um carinho muito grande com a torcida do Paris e do Mônaco, mesmo com um pouco menos de expressão. No Espanyol também, mas a maior relação é com o Paris mesmo. Aqui no Brasil, acho que o Vasco e o Paulista de Jundiaí, que foi onde comecei e na cidade em que nasci. Tenho um respeito e muito carinho. Faço jogos beneficentes lá, vou ao estádio, ajudei o clube e espero ainda mais pra frente poder ajudar de novo. Os outros não posso dizer que sou ídolo porque fiquei pouco tempo e não conquistei títulos."

A estreia pelo Fluminense foi justamente contra o Vasco, em São Januário, clube em que Nenê defendeu de agosto de 2015 até janeiro de 2018, disputando 129 jogos e marcando 42 gols, conquistando o Carioca de 2016. Na ocasião, o meia foi bastante hostilizado durante toda a partida, que acabou com a vitória do Cruz-Maltino por 2 a 1. Para o jogador, a atitude dos torcedores foi um fato isolado, afirmando que continua recebendo o carinho dos vascaínos.

"Meu primeiro jogo foi em São Januário, eles estavam ainda bravos, me xingando, mas acho que foi uma coisa que eu tinha falado, nada em relação ao Vasco. No dia a dia e até nas redes sociais, eu recebo um carinho enorme. Muitos ficam bravos, outros perguntam porque eu saí, mas era uma situação boa para mim. Ainda tenho o carinho deles e isso é uma coisa impressionante. É claro que muitos ficaram chateados, mas faz parte do futebol", opinou Nenê, que completou.

"Eu não acredito que tenha traído ninguém, porque não recebi proposta do Vasco. Não é que eu tenha sido procurado por Vasco e Fluminense e tenha preferido o Flu. É outra questão. Eu só tenho a agradecer o carinho que tenho da torcida e até ao Vasco pelo tempo que passei lá. Ao Eurico, que me deu a oportunidade para voltar ao Brasil. Muitos não acreditavam e deu no que deu. Acabei tendo uma passagem excelente. Um cara que é meia fazer 40 gols em menos de três anos é uma coisa extraordinária. Continuei com o time na Série B, tive várias propostas mas permaneci. Subimos e saí só com o time na Libertadores, bonitinho. Tenho um carinho muito grande até hoje e isso é recíproco. Uns bravos, outros pedindo pra voltar e alguns agradecendo pelo que eu fiz pelo clube."

PARÇA NEYMAR

Além do Vasco, Nenê possui grande identificação com o PSG, clube que defendeu de 2010 a 2013, somando 112 jogos e marcando 48 gols. Na equipe, conquistou o principal título da carreira, o Campeonato Francês de 2012/13. Na época, o time de Paris não era tão badalado e nem tinha tanto dinheiro para contratações, bem diferente de hoje, com um elenco milionário.

O principal nome do PSG é Neymar, amigo pessoal de Nenê. O meia opinou sobre o atual momento do atacante, que vem sendo perseguido pelos torcedores, que ficaram na bronca pelo fato do jogador querer deixar o clube. O momento conturbado foi acompanhado por lesões e polêmicas fora do campo, como na acusação de estupro feita pela modelo Najila Trindade.

"Foi uma situação muito difícil. Tem que ter uma cabeça muito boa para poder fazer o trabalho dele e da melhor maneira, então ele está fazendo a coisa correta. Todo mundo sabe que ele queria sair na janela, mas acabou não acontecendo e agora, como ele mesmo disse, está com a cabeça no Paris e, com certeza, vai dar o melhor dele para o time conquistar os títulos. A gente sabe que é uma situação chata, a gente deu força para ele em todos os momentos. Falei pra ele ficar com a cabeça tranquila, colocar tudo nas mãos de Deus e está se resolvendo. Espero que ele possa conquistar esse título da Champions que é o que falta para o time do Paris, para a torcida e para ele também. Espero que esse ano possa ser o ano dele."

SELEÇÃO BRASILEIRA

Apesar da carreira sólida, Nenê não teve oportunidade na Seleção Brasileira. No entanto, essa possibilidade quase aconteceu com 35 anos. Em 2016, Dunga era o técnico do Brasil e cogitou convocar o meia para o lugar de Kaká, que foi cortado devido a uma lesão muscular. Por não constar na lista de pré-convocados, o jogador ficou de fora da Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos.

"Estava pra ser convocado em duas ocasiões que acabou não acontecendo. Uma porque não estava na pré-lista da Copa América (de 2016) e na outra meu nome estava, mas acabou não rolando (Pré-Olímpico de 2003). A situação da Copa América aconteceu quando eu estava no Vasco. O técnico era o Dunga, mas aí o meu nome não estava na pré-lista. Ele estava querendo, mas falou que não podia porque não estava na pré-lista. Faz parte, não era pra ser mesmo."

Na ocasião, Paulo Henrique Ganso, atual companheiro de Fluminense, na época defendendo o São Paulo, ocupou o seu lugar na competição, já que estava pré-convocado. O fato de não ter vestido a Amarelinha não causa frustração, já que as vagas eram ocupadas por Ronaldinho Gaúcho e Kaká.

"Não tenho frustração não, não tenho nenhuma. Sou muito feliz pelo que eu construí. Claro que acredito que isso faltou, mas tranquilo, faz parte. O Brasil tem muito jogador bom e na minha época era o Ronaldinho e o Kaká. A posição era muito disputada, então não tem problema nenhum de não ir para o Ronaldinho Gaúcho ir e quando era pra ir acabou não acontecendo."