O homem preso no México com a companheira enquanto transportava restos humanos em um carrinho de neném para deixar num terreno baldio confessou a um juiz ter assassinado pelo menos 20 mulheres. Algumas foram violentadas sexualmente antes da morte. Chamado de 'Demônio de Ecatepec', Juan Carlos N. revelou ter vendido pertences e bebês das vítimas.
"São fatos realmente inauditos, nunca havíamos enfrentado um caso desta natureza. Classifico esta pessoa como um feminicida em série", explicou o juiz Alejandro Gómez, em entrevista coletiva.
O casal atraía as vítimas oferecendo roupas de bebês. A mulher, Patricia N., facilitava os contatos com elas, geralmente mães solteiras que precisavam comprar roupas baratas para as crianças. O assassino descreveu dez dos crimes com naturalidade e sem demonstrar o menor remorso. Na casa em que o casal morava com três filhos (dois meninos e um bebê) foram encontrados oito potes com restos humanos cobertos de cimento, além de corpos congelados e enrolados em sacos num frigorífico.
Exames psiquiátricos apontaram que Juan sofre de transtornos psicótico e de personalidade, enquanto Patricia tem retardo mental de nascimento e delírio induzido, mas que ambos sabem distinguir entre o bem e o mal.