Assassinada ao tentar salvar seu 'ganha-p�o'

A t�cnica de Enfermagem Francilene Lobato de Assis, de 34 anos, trabalhava como agente de sa�de comunit�ria, era mototaxista para complementar a renda e cursava faculdade. Tudo em busca de uma vida melhor para os dois filhos g�meos, de 11 anos. Mas essa hist�ria de luta chegou ao fim na noite de segunda-feira, quando ela foi morta com um tiro no peito ao tentar impedir que dois ladr�es levassem a sua moto, no bairro da Posse, em Nova Igua�u, na Baixada.

Segundo as investiga��es da Delegacia de Homic�dios da Baixada Fluminense (DHBF), um homem pediu uma corrida de motot�xi da Avenida Henrique Duque Estrada M�ier at� a Rua Mauro Rangel Pereira. Chegando ao local, por�m, Francilene foi rendida pelo bandido e um comparsa. Ela reagiu e teria entrado em luta corporal com um dos assaltantes, mas acabou sendo atingida por um tiro de rev�lver disparado pelo outro ladr�o. Os marginais fugiram na moto da v�tima.

Agentes da DHBF fizeram per�cia no local do crime e j� ouviram testemunhas. De acordo com um policial envolvido na investiga��o, os assassinos de Francilene j� teriam cometido outros assaltos no bairro da Posse. Imagens de c�meras de seguran�a est�o sendo recolhidas para a pol�cia tentar identificar os criminosos e definir para onde a dupla fugiu. O corpo da v�tima foi sepultado ontem � tarde, no Cemit�rio Municipal de Nova Igua�u.

Era querida no bairro

O trabalho como t�cnica de Enfermagem no Posto de Sa�de do bairro Cer�mica, onde atuava como agente de sa�de comunit�ria, fez com que Francilene ficasse conhecida na regi�o, onde era muito querida. Sua morte causou como��o. Ela conciliava o trabalho com a faculdade de Enfermagem, em uma universidade de Nova Igua�u. O trabalho como mototaxista come�ou em dezembro, durante as f�rias da faculdade.

Verdadeira guerreira

Amigos e familiares de Francilene a retrataram como uma "guerreira", que n�o fugia de trabalho. Com as economias que conseguiu juntar com seu trabalho de t�cnica de Enfermagem, ela comprou, financiada, h� cerca de tr�s meses, o ve�culo com a qual atuava como mototaxista em um ponto perto de sua casa. A grana extra ajudava a sustentar a casa, os filhos e ainda ajudar a m�e.