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HFB sem emerg�ncia

Falta de m�dicos leva corpo cl�nico a fechar setor amanh�

Com problemas de falta de pessoal, incluindo m�dicos e enfermeiros, a emerg�ncia do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), inaugurada no dia 28 de fevereiro, come�a a suspender suas atividades amanh�. A decis�o foi tomada pelo corpo cl�nico da unidade, em reuni�o realizada na segunda-feira, e anunciada ontem em entrevista coletiva, na porta do hospital, na Zona Norte do Rio.

Segundo Baltazar Fernandes, presidente do corpo cl�nico e h� 40 anos na unidade, uma auditoria feita no HFB por especialistas do Hospital S�rio-Liban�s, de S�o Paulo, contratados pelo Minist�rio da Sa�de, constatou um d�ficit de 700 m�dicos em todo o hospital. "Na emerg�ncia, hoje, deveria ter 120 profissionais. Tem plant�o que sem cirurgi�o, tem plant�o que tem um cl�nico. Precisaria de pelo menos cinco anestesistas, quatro cirurgi�es, cinco cl�nicos e quatro pediatras, nas especialidades b�sicas", acrescentou.

Fernandes disse ainda que sempre houve car�ncia de pessoal no HFB, mas logo era buscada uma solu��o. "Agora, essa demora na solu��o, que � basicamente uma quest�o de Recursos Humanos, � in�dita para a gente", completou.

Em nota oficial, a dire��o do Departamento de Gest�o Hospitalar, do Minist�rio da Sa�de, informou ter contratado, de forma emergencial, nesta semana, quatro cl�nicos, tr�s cirurgi�es e um pediatra para o setor de urg�ncias do HFB, e acrescentou: "Al�m disso, j� foram convocados para assinatura de contrato outros quatro cl�nicos, 12 enfermeiros, seis auxiliares de enfermagem, quatro fisioterapeutas e um t�cnico de patologia. S�o 35 novos profissionais para refor�ar imediatamente o atendimento do setor".

Problemas no hospital todo

Em junho do ano passado, m�dicos do HFB denunciaram as m�s condi��es de funcionamento e atendimento em toda a unidade, em carta aberta � popula��o. O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Nelson Nahon, criticou o fato de o Minist�rio da Sa�de abrir uma emerg�ncia com 3 mil m� e 60 leitos, sem profissionais suficientes para atender a demanda. "Anuncia que vai abrir uma emerg�ncia de primeiro mundo, maravilhosa, toda linda l� dentro, toda aparelhada, piso bonito, leitos bonitos, tudo bonito. Sem m�dico, sem enfermeira, sem agente administrativo", disse. Ainda segundo Nahon, a dire��o do HFB foi obrigada a abrir a emerg�ncia, mas indicou na ocasi�o que faltavam 950 profissionais de sa�de para o pleno funcionamento da unidade.

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