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'Tenho que acreditar'

M�e de Marielle Franco cobra agilidade para achar os respons�veis pelos assassinatos

A Anistia Internacional realizou um ato, ontem, para marcar os 120 dias sem solu��o das mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, crimes ocorridos ap�s uma emboscada no Est�cio, Regi�o Central do Rio, em mar�o deste ano. A m�e da parlamentar, Marinete Franco, participou da manifesta��o que cobra agilidade das autoridades para achar os respons�veis pelos assassinatos. Apesar da demora, ela disse que "precisa acreditar" que os criminosos ser�o presos.

"Eu tenho que acreditar que (o crime) vai ser solucionado", falou. "N�o v�o deixar o da minha filha impune, n�o por ser Marielle, mas porque todos t�m direito. Eu preciso confiar na institui��o, n�o posso pensar diferente".

Entretanto, ap�s quatro meses passados dos assassinatos, ela disse que cada dia sem uma solu��o por parte das autoridades aumenta a sensa��o de impunidade. "Essa espera � muito ruim para a gente, d� a sensa��o que � s� mais um. N�o desmerecendo outros crimes. Como eu, outras m�es tamb�m est�o passando por isso. Mas minha filha foi executada, n�o foi v�tima de bala perdida, n�o sofreu um acidente. Ela sofreu uma emboscada ap�s sair de um trabalho, n�o estava brincando. E foi executada, brutalmente", criticou.

Diante da falta de solu��o e de informa��es sobre o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, a Anistia Internacional reivindica um mecanismo externo e independente para monitorar as investiga��es. "Ap�s quatro meses sem solu��o, a credibilidade do sistema de Justi�a criminal est� em xeque", afirmou a diretora de pesquisa da entidade, Renata Neder. "Est� claro que as institui��es n�o t�m credibilidade, efic�cia, compet�ncia ou vontade de resolver o caso", afirmou.

Segundo a Anistia Internacional, diversas informa��es graves divulgadas pela imprensa seguem sem nenhum tipo de esclarecimento pelas autoridades, como "a muni��o utilizada pertenceria a um lote que teria sido vendido � Pol�cia Federal; que a arma empregada seria uma submetralhadora de uso restrito das for�as de seguran�a; que armamentos do mesmo modelo teriam desaparecido do arsenal da Pol�cia Civil; e que c�meras de v�deo no local do assassinato teriam sido desligadas na v�spera do crime".

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