Assassinado a tiros de fuzil na Gardênia Azul

Apontado como miliciano, Fábio de Souza Salustino, conhecido como Rolamento, foi executado na Avenida Isabel Domingues, na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, ontem de madrugada. O carro em que ele estava foi atingido por pelo menos 22 tiros de fuzil.

Segundo a polícia, Fábio passava de carro pela Avenida Isabel Domingues, perto de uma das entradas da comunidade do Marcão, na Gardênia Azul, quando homens que estavam em outro veículo atiraram. O carro de Fábio foi atingido por pelo menos 22 tiros de fuzil. Três disparos acertaram o para-brisas do veículo e 10 atingiram o lado do motorista, onde Fábio estava.

De acordo com policiais, Fábio era ligado ao ex-vereador e bombeiro Cristiano Girão Matias e apontado como um dos líderes da milícia na Gardênia. Fábio tinha sido libertado da prisão no dia 10 de junho.

A Divisão de Homicídios da capital (DH) investiga se a morte de Fábio foi ordenada por traficantes que disputam território com milicianos. Investigadores também apuram se o assassinato pode ter sido encomendada por milicianos. "Ainda não podemos afirmar (quem mandou matar), mas sabemos que se trata de execução", afirmou o delegado Evaristo Magalhães Pontes. Atualmente, há uma disputa territorial entre traficantes e milicianos em toda a Zona Oeste do Rio.

Preso durante operação da Polícia Civil em 2012

Desde 2009, quando Girão, que hoje está em liberdade, foi denunciado por formação de quadrilha armada e lavagem de dinheiro, Fábio passou a ficar na mira da polícia e da Justiça. Segundo o Ministério Público (MP), o grupo do ex-vereador e de Fábio mantinha influência na Associação de Moradores da Gardênia Azul.

Em 2012, durante uma operação de policiais da 32ª DP (Taquara), Fábio foi preso. O acusado foi solto em junho deste ano.

Na ação de 2012, na Associação de Moradores, os agentes encontraram cerca de R$ 15 mil e cédulas de dólar e euro. Naquela ação, um outro suspeito de integrar a milícia foi preso.

Na época, a 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá determinou o bloqueio dos aluguéis de 22 imóveis na comunidade, que rendiam cerca de R$ 80 mil mensais para a quadrilha.