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Sem respostas

Crime completa seis meses e continua sem solução

Jurema Werneck (centro), diretora da Anistia, com os pais de Marielle
Jurema Werneck (centro), diretora da Anistia, com os pais de Marielle - Divulgação / Anistia Internacional

Seis meses depois, a pergunta "Quem matou Marielle e Anderson?" continua sem resposta. Assassinados a tiros no dia 14 de março no Estácio, a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes foram lembrados ontem pela Anistia Internacional. A organização de defesa dos Direitos Humanos percorreu a cidade com um painel eletrônico instalado em um caminhão cobrando das autoridades um resultado sobre a investigação. O telão também exibiu mensagens de internautas do mundo todo.

Ontem, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) prestou depoimento por quase cinco horas na Delegacia de Homicídios da Capital (DH). A polícia não divulga qualquer informação sobre os autores, os mandantes e a motivação do crime. Há suspeita de envolvimento de agentes públicos e de milicianos no caso.

Para a mãe de Marielle, Marinete Silva, de 66 anos, a espera por uma resposta traz mais sofrimento para a família. "As autoridades estão devendo a todos nós. Esse silêncio que vivemos traz uma dor pautada na esperança. Até quando vamos ter que esperar?", indagou ela, que elogiou o trabalho da Anistia. "Fortalece a gente. Marielle não pode ser esquecida, a chama dela tem que continuar acesa."

Já a irmã da vereadora, Anielle Santos, afirma que o maior sentimento é de indignação. "São 180 dias de muita dor, mas também de luta. A minha vida passou a ser a defesa do legado e da memória da Marielle."

Questionada sobre a demora nas investigações, a professora, de 33 anos, conta que tenta ter esperanças. "Tem um lado meu que é mais rebelde, que acredita que a polícia pode estar esperando passar as eleições, ou até que vão apontar um culpado que não tenha nada a ver com a história, mas no fim prevalece uma ponta de fé que o caso será elucidado", declarou Anielle.

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