Gestores de algumas Clínicas da Família da cidade do Rio estão sendo convocados à prefeitura para receber uma lista dos profissionais que devem ser dispensados. A denúncia é da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a instituição, nada menos do que 190 equipes serão cortadas, deixando sem cobertura cerca de 760 mil cariocas.
A Prefeitura do Rio, no entanto, não confirma. Em nota, informa apenas que o "estudo de reestruturação da Estratégia Saúde da Família segue em fase de conclusão e, portanto, ainda não é possível informar números". No entanto, a estrutura de Saúde da cidade maravilhosa enfrenta sérios problemas. Ontem, profissionais do Centro de Emergência Regional (CER) do Leblon, foram para a rua protestar contra os dois meses de atraso nos salários.
A prefeitura já havia anunciado a intenção de cortar 300 equipes da Clínica da Família, alegando que poderia economizar R$ 400 milhões por ano com a medida. Entretanto, especialistas contestam a eficácia do plano do prefeito Marcelo Crivella. "A economia de curto prazo pode resultar em perdas no médio e longo prazos", adverte o economista Edson Araújo, responsável pelas áreas de saúde, nutrição e população do Banco Mundial.