Queria ser delegada

Cerca de cem pessoas acompanharam, na manhã de ontem, no Cemitério Jardim Mesquita, em Mesquita, na Baixada Fluminense, o enterro da estudante de Direito Laryssa da Silva Santos, 23 anos, que foi assassinada a facadas na quarta-feira, dentro de sua casa em Queimados. Emocionada, Maisa Carvalhosa, 42 anos, disse que a filha se formaria em 2019.

"Ela queria ser delegada federal. Um dia ela disse para mim: 'Mãe, eu vou entrar aqui depois da minha formatura, e entregar meu distintivo'. Eu disse que a apoiava em qualquer coisa. Este homem interrompeu o sonho da minha filha. Ela ia se formar ano que vem, não merecia isso", disse.

Segundo a supervisora administrativa, Laryssa era muito querida por todos os parentes e amigos. "A gargalhada dela era a marca registrada. Ela tinha uma alegria de viver muito grande, nunca teve inimigos. Amigos de escola, de ensino fundamental, médio, faculdade, estão todos aqui por ela era uma menina muito querida na nossa comunidade", afirmou.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso e trabalha com a linha de investigação de crime passional e feminicídio, quando a vítima é morta por ser mulher. Entretanto, nenhuma outra hipótese é descartada pelos investigadores.

Não houve arrombamento na casa e nada foi levado. A família deu pela falta de um laptop que Laryssa usava para se comunicar, pois havia tido o celular roubado recentemente. Ainda segundo parentes, ela tinha feito um jantar e havia comida na mesa, o que os leva a acreditar que alguém esteve com ela na noite anterior.