Mais Lidas

Pezão participa do hasteamento da Bandeira Nacional em presídio

Governador é obrigado a fazer a manutenção de uma horta, corte de cabelo e barba conforme padrão militar e refeições no 'rancho'

Pezão é flagrado participando o hasteamento da bandeira
Pezão é flagrado participando o hasteamento da bandeira -

Rio - O governador Luiz Fernando Pezão, preso desde o dia 29 de novembro no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, participou mais uma vez do hasteamento da bandeira no pátio da unidade. A regra da cadeia obriga os detentos a se perfilar diante do pavilhão todas as sextas-feiras, às 8h e às 18h. Ele foi flagrado, por cinegrafista em helicóptero da Rede Globo.

Pezão também tem que ajudar nos trabalhos do presídio, como contribuir com a manutenção de uma horta que existe no local. A rotina no local ainda inclui direito a banho de sol e a atividades físicas durante as manhãs.

Em relação às refeições, ele deve almoçar e jantar no "rancho", o refeitório do presídio militar. O cardápio será o mesmo que qualquer preso come e oferecido pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Ele também terá que cortar o cabelo e fazer a barba, conforme padrão militar.

O governador está em uma sala do Estado Maior sem grades e com apenas uma porta. Contrastando com o luxo do Palácio Laranjeiras, no local existem somente uma cama e um vaso sanitário. Na ala onde o político ficará existem várias câmeras de segurança e outros preso em outras salas. 

Operação Boca de Lobo

Pezão foi preso no dia 29 de novembro durante da operação Boca de Lobo, nova fase da Operação Lava Jato deflagrada pela Polícia Federal. A ação investigou  a quadrilha que roubou os cofres do estado. O governador recebeu voz de prisão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do estado, quando tomava café da manhã. 

As investigações indicam que Pezão recebeu mais de R$ 25 milhões em propina entre os anos de 2007 e 2014, período em que foi secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou na petição em que pediu a prisão do governador do Rio e mais oito pessoas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ele substituiu Cabral no esquema criminoso e tinha operadores financeiros próprios.